O Artista e a Arte
A arte é um presente, um dom divino para aqueles que têm. Todos nós temos o dom para arte, cada qual do seu jeito. Ser um artista não é fácil. Para querer chegar até lá a de ter dedicação, constante persistência, todo amor, pensamento positivo e muita paciência para retirarem cada obstáculos, colocadas no caminho.
Não desistir jamais de seus sonhos, é importante criá-los e recriá-los sempre. Nada é tão satisfatório e arrebatador quanto o belo e a arte que de tal modo nos entregamos a eles, chegamos a nos esquecer de nós mesmos e da dor que devora o mundo e por não dizer a própria dor da alma quando esta está ferida.
O mundo da arte seja ela qual for, nos enche de satisfação e alegria. Caso o mundo desaparecesse, qualquer um de nós seria capaz de recriá-los. Toda forma dentro de nós já está pré-formada, pois ela procede da alma, cuja essência se desconhece e que, entretanto, dá a nós, sobretudo como força de amar e poder de criar.
Todo talento artístico que começa tem suas raízes nos sentidos da alma e do espírito. O talento se corresponde a um caráter; a um impulso e disciplina. Tudo que é muito fácil é pouco duradouro e nem "Tudo que brilha é ouro”, tudo que sobe muito rápido pode ter uma descida dolorida e sofrida.
Artistas sejam alertas, porque tudo que triunfa sobre a estética as pessoas não costumam perdoar facilmente o talento que se equivocou. Mas se seu trabalho se destacar tenderão a serem generosos e relevarão os defeitos da forma. A arte é o que o esplendido escritor, uns dos meus favoritos diz...
"A arte apresenta novas faces. Fala línguas novas. Cria vozes diferentes e novos gestos. Está farta de sempre falar a língua de ontem, do passado. A arte quer também dançar na corda bamba, quer pôr o chapéu de bicos na cabeça e caminhar em ziguezagues. Por isso, enfurecem-se contra ela os burgueses: sentem-se por ela zombados e criticados em sua arrogância; lançam-lhe insultos e baixam sobre os olhos e ouvidos a viseira de sua soberba forma. Entretanto, esse mesmo burguês que corre aos tribunais ante o mais leve ataque e lesão de sua dignidade ofendida torna-se agora inventivo: Cria as mais terríveis afrontas à Arte”.(Hermann Hesse).
30/08/2005