Conversa Misturada
Tive alguns professores bons na acepção da palavra, uns poucos foram além, pois não eram simplesmente professores, eram amantes da arte de ensinar. Queria ter tido maturidade para aproveitar os raros momentos, mas mesmo assim muito me valeu.
Tive um professor de música na escola pública, que deu somente a primeira aula, nos fez comprar um caderno pautado. Nos fez treinar a música de colores, de colores, e nunca mais tocou no assunto, só fazia papear, para o gosto da moçadinha que não queria nada com nada.
E um outro de matemática, melhor não podia ter, sabia demais, enchia o quadro de equações de álgebra, explicava e não dava a menor atenção para a desatenção, deixava todo mundo colar dava a nota que cada um queria. Tive professor que não me gostava e tive quem me gostava até demais, sorte ou não minha timidez mandava.
Um que me lembro bem, ensinava história, erá muito amigo da gente, um apaixonado pelo Jânio Quadros. Nunca me esqueci dele, até da cara eu lembro, era mineiro como eu, era nascido em Muriaé, bem distante do meu lugar. Nesses anos todos, nunca me passou viajar para aqueles lados, mas pro destino não existe o nunca, nenhuma possibilidade é encerrada pela nossa simples vontade então é quase certo que eu pare nessa cidade. Nesse tour que me ocorre, que nem sei bem o dia e hora, no meio caminho também tem Juiz de Fora. Colei aqui uns pedacinhos de tempos de passado de futuro, deixei muito mais pra depois, vou deixando tudo ajeitado, pra numa outra prosa pegar um caminho ainda não falado.