Alma Leve
Regava o ipê de manhã com a mangueira.Ele é um pezinho novo e valente. É junho e a terra está dura por causa da seca. Por isso, uma pequena piscina foi-se formando num dos lados. De repente, os canarinhos pousaram no arame da cerca que separa o quintal do curral. Dali, voaram próximos ao ipê, dando pulinhos até a piscina. Mirei o jato de água no caule do ipê e as gotinhas de água eram como uma boa chuveirada nos canarinhos-da-terra. Eles arrepiavam as penas, dobrando de tamanho e de fofura. Fiquei imóvel para não assustá-los e para eu sorver esse momento tão único e inesquecível, quando ofereci aos canarinhos uma ducha gostosa. Alguns tomavam água da piscina, outros iam chegando para o banho comunitário. Eu sorrindo, feito boba, com a alma leve como pluma de passarinho. Esse fiapo de memória eternizou-se feito alma pregada no varal de céu, balançando à frescura do vento frio de junho.
Regava o ipê de manhã com a mangueira.Ele é um pezinho novo e valente. É junho e a terra está dura por causa da seca. Por isso, uma pequena piscina foi-se formando num dos lados. De repente, os canarinhos pousaram no arame da cerca que separa o quintal do curral. Dali, voaram próximos ao ipê, dando pulinhos até a piscina. Mirei o jato de água no caule do ipê e as gotinhas de água eram como uma boa chuveirada nos canarinhos-da-terra. Eles arrepiavam as penas, dobrando de tamanho e de fofura. Fiquei imóvel para não assustá-los e para eu sorver esse momento tão único e inesquecível, quando ofereci aos canarinhos uma ducha gostosa. Alguns tomavam água da piscina, outros iam chegando para o banho comunitário. Eu sorrindo, feito boba, com a alma leve como pluma de passarinho. Esse fiapo de memória eternizou-se feito alma pregada no varal de céu, balançando à frescura do vento frio de junho.