O TRISTE FIM DE LÁZARO BARBOSA
Nair Lúcia de Britto
28 de junho de 2921
Hoje, assim que liguei a televisão, me deparei com uma cena horrível. Lázaro Barbosa estava sendo carregado, sem vida, e jogado dentro de uma viatura policial, como um saco de batata.
Os policiais se abraçavam, felizes, confraternizando-se pela vitória. Assim como um malvado caçador que se vangloria após detonar uma fera. A maioria das pessoas, ao redor, festejou feliz por estarem livres do perigo que a pacata cidade de Goiás estava correndo.
Ninguém pensou na dor da mãe, da esposa e da filhinha dele que, apesar de tudo, o amavam. “Olho por olho, dente por dente”, ditado infeliz
Não estou aqui apoiando os malfeitos deste homem, outra vítima da violência desde criança, pelo pai alcoólatra e inconsequente. Os traumas que sofreu o conduziu ao crime. Na prisão, segundo o que ele revela numa carta, diz que foi muito maltratado e brutalmente violentado.
Segundo o psiquiatra forence, Guido Palomba, o sistema carcerário está falido. Não recupera ninguém, pelo contrário. Quando lá entra um prisioneiro, bem provavelmente, sairá pior do que quando chegou.
Lázaro tinha problemas psiquiátricos, evidentemente, devido todas as maldades que sofreu. Mas não era um psicopata, nem um serial killer. Pelos depoimentos daqueles que o conheciam era um homem trabalhador, um bom marido e um pai amoroso. Tanto a primeira como a segunda esposa revelaram que ele era um homem bom, que nada deixava faltar à família.
Poderia sim, ter se entregado à Polícia, ser recuperado e ser um homem de bem. Mas ele fugia pela mata como um animal acuado porque sabia que, na cadeia, poderia sofrer tudo outra vez.
Infelizmente tenho de reconhecer que, na situação dele, morrer foi o melhor que poderia lhe acontecer. “Morrendo é que se nasce para a vida eterna”, dizia São Francisco de Assis.
No sentido de reconfortar os familiares de Lázaro, tenho a dizer que ele foi bem acolhido no Plano Espiritual e, lá, será recuperado porque, no fundo, sua alma é boa e Deus é um poço de piedade.
Em vez de festejar a morte de um criminoso o que se deve fazer é rezar por ele. Para que encontre o caminho da luz, da paz e da fraternidade. No Evangelho, no capítulo “Da prece pelos mortos e pelos espíritos sofredores” diz o seguinte:
“A prece é reclamada pelos Espíritos sofredores, ela lhes é útil porque vendo que pensam neles, sentem-se menos abandonados, menos infelizes. A prece tem sobre os mesmos uma ação mais direta: reerguer-lhes a coragem, excitar-lhes o desejo de se elevarem pelo arrependimento e pela reparação; e pode desviá-los do pensamento do mal. É neste sentido que a prece não só pode aliviar, mas abreviar seus sofrimentos.”
Rezemos por ele!
Nair Lúcia de Britto
28 de junho de 2921
Hoje, assim que liguei a televisão, me deparei com uma cena horrível. Lázaro Barbosa estava sendo carregado, sem vida, e jogado dentro de uma viatura policial, como um saco de batata.
Os policiais se abraçavam, felizes, confraternizando-se pela vitória. Assim como um malvado caçador que se vangloria após detonar uma fera. A maioria das pessoas, ao redor, festejou feliz por estarem livres do perigo que a pacata cidade de Goiás estava correndo.
Ninguém pensou na dor da mãe, da esposa e da filhinha dele que, apesar de tudo, o amavam. “Olho por olho, dente por dente”, ditado infeliz
Não estou aqui apoiando os malfeitos deste homem, outra vítima da violência desde criança, pelo pai alcoólatra e inconsequente. Os traumas que sofreu o conduziu ao crime. Na prisão, segundo o que ele revela numa carta, diz que foi muito maltratado e brutalmente violentado.
Segundo o psiquiatra forence, Guido Palomba, o sistema carcerário está falido. Não recupera ninguém, pelo contrário. Quando lá entra um prisioneiro, bem provavelmente, sairá pior do que quando chegou.
Lázaro tinha problemas psiquiátricos, evidentemente, devido todas as maldades que sofreu. Mas não era um psicopata, nem um serial killer. Pelos depoimentos daqueles que o conheciam era um homem trabalhador, um bom marido e um pai amoroso. Tanto a primeira como a segunda esposa revelaram que ele era um homem bom, que nada deixava faltar à família.
Poderia sim, ter se entregado à Polícia, ser recuperado e ser um homem de bem. Mas ele fugia pela mata como um animal acuado porque sabia que, na cadeia, poderia sofrer tudo outra vez.
Infelizmente tenho de reconhecer que, na situação dele, morrer foi o melhor que poderia lhe acontecer. “Morrendo é que se nasce para a vida eterna”, dizia São Francisco de Assis.
No sentido de reconfortar os familiares de Lázaro, tenho a dizer que ele foi bem acolhido no Plano Espiritual e, lá, será recuperado porque, no fundo, sua alma é boa e Deus é um poço de piedade.
Em vez de festejar a morte de um criminoso o que se deve fazer é rezar por ele. Para que encontre o caminho da luz, da paz e da fraternidade. No Evangelho, no capítulo “Da prece pelos mortos e pelos espíritos sofredores” diz o seguinte:
“A prece é reclamada pelos Espíritos sofredores, ela lhes é útil porque vendo que pensam neles, sentem-se menos abandonados, menos infelizes. A prece tem sobre os mesmos uma ação mais direta: reerguer-lhes a coragem, excitar-lhes o desejo de se elevarem pelo arrependimento e pela reparação; e pode desviá-los do pensamento do mal. É neste sentido que a prece não só pode aliviar, mas abreviar seus sofrimentos.”
Rezemos por ele!