É esta a que vivenciamos nos presentes dias, começou após o fim do pós-modernismo por volta da metade do século XX. A transição de uma escola literária para outra ocorre através de mudanças cotidianas verificadas em determinada época. Todos os acontecimentos que envolvem a sociedade em geral e, até mesmo a política, criam forças que alteram os movimentos artísticos que são dotados de características peculiares de cada período.
A literatura contemporânea brasileira é resultante de acontecimentos do momento, entre estes, o desenvolvimento industrial e tecnológico acentuado e a crise presente nos meios políticos e sociais.
Faz-se necessário entender todo o contexto histórico contemporâneo. Nos anos sessenta, o Brasil vivenciou o governo populista de Juscelino Kubitscheck, quando o povo foi tomado por certa euforia política e econômico, o que refletiu em movimentos artísticos como a Bossa Nova, Cinema Novo, Vanguarda, teatro de arena e a chegada da televisão. Veio o golpe de Estado que derrubou João Goulart, e a referida euforia teve fim.
Quando se instaurou um clima tenso de censura e de medo e, deu-se o fechamento do Congresso Nacional, jornais, revistas, filmes, músicas e peças teatrais censuradas, o exílio de muitos intelectuais, políticos e artistas que se opunham à ditadura militar da época, nessa época, usou-se disfarces na cultura.
Os movimentos artísticos precisaram encontrar formas diferentes para se expressarem ou até mesmo acontecerem por "debaixo dos panos" Com o tricampeonato de futebol da seleção brasileira deu-se a criação de um motivo nacionalista que só servira para silenciar o povo oprimido.
Ao final dos anos setenta, o então Presidente Figueiredo (que hoje reconheço era educadíssimo se compararmos com o atual) sancionou a Lei da Anistia, o que permitiu o retorno de muitos exilados para o Brasil. Instaurou-se um otimismo com a volta dos descontentes com a ditadura militar, que se findou em 1985, culminando com o movimento Diretas Já. Então em 1998 foi eleito o presidente Fernando Collor de Mello, sendo depois logo dois anos depois.
Precisamos salientar as principais características da literatura contemporânea, a multiplicidade é seu ponto crucial na cultura brasileira. É um apanhado de diversas escolas literárias anteriores. Sendo assim, as características dela são:
Quebra do limite entre a arte erudita e a popular; intertextualidade: quando há o diálogo com outras obras que o autor presume que sejam conhecidas; ecletismo: mistura de estilos, contemplando gostos diversificados; vários modos de narrativas; preocupação com o presente, sem planejamento para o futuro; temas do cotidiano; engajamento social; técnicas novas de arte e escrita; elaboração de contos e crônicas; obras reduzidas (minicontos, minicrônicas, etc.).
E, aqui se encaixa o BVIW... Become Very Important Writer.. Tornando-se um Muito Importante Escritor
As tendências contemporâneas da literatura nacional podem ser resumidas em duas linhas. A primeira, a tradicional, que conta com autores e características pós-modernistas reformuladas. É o caso das vertentes do romantismo, a saber:
regionalista; intimista; urbano-social; político; memorialista; experimentais e metalinguísticos.
A segunda é a alternativa, com autores que, de fato, queriam romper com o tradicional, lançando novas maneiras e estilos de expressar a sua arte. O destaque fica para a poesia, em que os sentimentos oprimidos pela ditadura ganham espaço.
O concretismo é um tipo de poesia que não tem forma, nem versos definidos, bem diferente do lirismo. Eis que poderá ser lido de qualquer
direção. Surgiu algum tempo antes, porém, ganhou maior visibilidade após a Exposição Nacional da Arte Concreta em São Paulo.
O poema processo tem seu marco em 1964 com Décio Pignatari e Luiz Ângelo Pinto que criaram o poema semiótico ou código, trata-se de estilo bem visual. O Poema Processo guarda semelhança com o dadaísmo, que foi um movimento artístico e literário considerado o mais radical da Vanguarda Europeia.
A poesia social tem seus versos que saem do padrão da concreta e da lírica, impondo temas de interesse social, como a Guerra Fria e o Neocapitalismo. Após o golpe militar, ela é considerada um estilo de resistência, junto com outras expressões culturais.
A poesia marginal vai justamente na contramão da cultura brasileira na época dos anos de chumbo da ditadura militar. Tinha como fito expressar toda a violência diária sofrida pelos opositores ao regime político e, ir contrário ao conservadorismo da sociedade brasileira. E, suas principais características são a ironia, sarcasmo, o uso de gírias e de humor.
Existem grandes nomes como autores da literatura contemporânea, a saber:
Ariano Suassuna (1927-2014): escreveu “Auto da Compadecida” (1955) e “O Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta”; Antônio Callado (1917-1997): escritor de “A Madona de Cedro” (1957), “Quarup” (1967) e “O Tesouro de Chica da Silva” (1962); Caio Fernando Abreu (1948-1996): autor de “Morangos Mofados” (1982) e “Onde Andará Dulce Veiga?” (1990); Cora Coralina (1889-1985): autora de “Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais” (1965) e “Estórias da Casa Velha da Ponte” (1985); Ferreira Gullar (1930-2016): escritor de “Poema Sujo” (1976) e “Em Alguma Parte Alguma” (2010).
Ressalte-se outros nomes importantes da literatura contemporânea brasileira, a saber:
Nelson Rodrigues (1912 – 1980) é tido como um dos maiores dramaturgos do país. Nelson foi cronista, romancista, folhetinista e teatrólogo. Muitos críticos o enxergam como um autor de cunho Modernista, mas Nelson Rodrigues também conquistou grande influência no que hoje se chama de teatro contemporâneo, uma vez que entre as temáticas abordadas se encontram a questão do adultério, da morte, do suicídio e do preconceito.
Luís Fernando Veríssimo, filho de Érico Veríssimo, é escritor, cartunista, humorista, tradutor e além de cronista, músico. É considerado um dos escritores mais populares do país e suas crônicas ficaram conhecidas pelo caráter humorístico, sendo publicadas em diversos jornais, como por exemplo, O Globo e Estadão. Seus cartuns também abordam as temáticas sociais, culturais e políticas vigentes, sempre incitando o humor e a ironia a fim de provocar a reflexão no leitor.
Lygia Fagundes Telles nascida em São Paulo, a autora Lygia Telles é uma grande romancista e contista brasileira. Em 1985, tornou-se a terceira mulher a fazer parte da Academia Brasileira de Letras e sua literatura explora, de forma intimista, a psicologia feminina, o universo urbano e as relações interpessoais. Além disso, em 2016, aos 92 anos de idade, Lygia Fagundes Telles tornou-se a primeira mulher brasileira a ser indicada ao prêmio Nobel de Literatura.
Nélida Piñon membro da ABL (Academia Brasileira de Letras), Nélida Piñon ganhou representatividade na literatura brasileira por abordar, tanto em seus contos, como em seus romances, temáticas cotidianas que envolviam as relações na pós-modernidade.
Também com o incentivo de renovação linguística e estrutural, reflete sobre as inquietações humanas, desenvolvidas a partir de fragmentos de emoções, ideias e pensamentos. Suas obras mais conhecidas são: A República dos Sonhos, Vozes do Deserto, A Força do Destino e Uma Furtiva Lágrima.
Na poesia, temos outros expoentes, a saber:
Manoel de Barros também é um dos nomes mais aclamados da poesia contemporânea. Com uma preocupação enorme com a estética do texto, subverteu a sintaxe e escrevia orações na ordem inversa, valorizando neologismos e sinestesias. Sua poesia carrega um caráter onírico e imaginativo, mas também relembra aspectos regionais de sua terra natal, Cuiabá. Além disso, seus textos apreciam as coisas simples da vida, fazendo uma leve crítica aos anseios do indivíduo de sempre se apegar a bens materiais.
Cora Coralina cujo nome verdadeiro era Anna Lins dos Guimarães Peixoto, ou também conhecida como Cora Coralina, foi uma poetisa e contista brasileira. Apesar de ter sido uma das principais representantes das tendências contemporâneas da literatura brasileira, teve sua primeira obra publicada apenas aos 76 anos, mesmo escrevendo desde – e também sobre – sua infância e adolescência.
Paulo Leminski
Por meio de trocadilhos, jogos de palavras e brincadeiras, Leminski se tornou uma das principais referências literárias da contemporaneidade, trazendo ao leitor certa aproximação da língua falada, por meio de composições poéticas ricas em gírias e palavrões, como forma única e individual de escrita.
Enfim, os maiores poetas brasileiros modernos e contemporâneos:
Carlos Drummond de Andrade (1902-1987); Clarice Lispector (1920-1977);
Adélia Prado (1935); Cora Coralina (1889-1985); Hilda Hilst (1930-2004);
Cecília Meireles (1901-1964); Manuel Bandeira (1886-1968); Manoel de Barros (1916-2014).
Todas essas figuras eternas tornam nossa sobrevivência mais fácil por adicionar esperança em dias melhores. Não tinha apenas uma pedra no meio do caminho, tinha literatura, arte e cultura...
A literatura contemporânea brasileira é resultante de acontecimentos do momento, entre estes, o desenvolvimento industrial e tecnológico acentuado e a crise presente nos meios políticos e sociais.
Faz-se necessário entender todo o contexto histórico contemporâneo. Nos anos sessenta, o Brasil vivenciou o governo populista de Juscelino Kubitscheck, quando o povo foi tomado por certa euforia política e econômico, o que refletiu em movimentos artísticos como a Bossa Nova, Cinema Novo, Vanguarda, teatro de arena e a chegada da televisão. Veio o golpe de Estado que derrubou João Goulart, e a referida euforia teve fim.
Quando se instaurou um clima tenso de censura e de medo e, deu-se o fechamento do Congresso Nacional, jornais, revistas, filmes, músicas e peças teatrais censuradas, o exílio de muitos intelectuais, políticos e artistas que se opunham à ditadura militar da época, nessa época, usou-se disfarces na cultura.
Os movimentos artísticos precisaram encontrar formas diferentes para se expressarem ou até mesmo acontecerem por "debaixo dos panos" Com o tricampeonato de futebol da seleção brasileira deu-se a criação de um motivo nacionalista que só servira para silenciar o povo oprimido.
Ao final dos anos setenta, o então Presidente Figueiredo (que hoje reconheço era educadíssimo se compararmos com o atual) sancionou a Lei da Anistia, o que permitiu o retorno de muitos exilados para o Brasil. Instaurou-se um otimismo com a volta dos descontentes com a ditadura militar, que se findou em 1985, culminando com o movimento Diretas Já. Então em 1998 foi eleito o presidente Fernando Collor de Mello, sendo depois logo dois anos depois.
Precisamos salientar as principais características da literatura contemporânea, a multiplicidade é seu ponto crucial na cultura brasileira. É um apanhado de diversas escolas literárias anteriores. Sendo assim, as características dela são:
Quebra do limite entre a arte erudita e a popular; intertextualidade: quando há o diálogo com outras obras que o autor presume que sejam conhecidas; ecletismo: mistura de estilos, contemplando gostos diversificados; vários modos de narrativas; preocupação com o presente, sem planejamento para o futuro; temas do cotidiano; engajamento social; técnicas novas de arte e escrita; elaboração de contos e crônicas; obras reduzidas (minicontos, minicrônicas, etc.).
E, aqui se encaixa o BVIW... Become Very Important Writer.. Tornando-se um Muito Importante Escritor
As tendências contemporâneas da literatura nacional podem ser resumidas em duas linhas. A primeira, a tradicional, que conta com autores e características pós-modernistas reformuladas. É o caso das vertentes do romantismo, a saber:
regionalista; intimista; urbano-social; político; memorialista; experimentais e metalinguísticos.
A segunda é a alternativa, com autores que, de fato, queriam romper com o tradicional, lançando novas maneiras e estilos de expressar a sua arte. O destaque fica para a poesia, em que os sentimentos oprimidos pela ditadura ganham espaço.
O concretismo é um tipo de poesia que não tem forma, nem versos definidos, bem diferente do lirismo. Eis que poderá ser lido de qualquer
direção. Surgiu algum tempo antes, porém, ganhou maior visibilidade após a Exposição Nacional da Arte Concreta em São Paulo.
O poema processo tem seu marco em 1964 com Décio Pignatari e Luiz Ângelo Pinto que criaram o poema semiótico ou código, trata-se de estilo bem visual. O Poema Processo guarda semelhança com o dadaísmo, que foi um movimento artístico e literário considerado o mais radical da Vanguarda Europeia.
A poesia social tem seus versos que saem do padrão da concreta e da lírica, impondo temas de interesse social, como a Guerra Fria e o Neocapitalismo. Após o golpe militar, ela é considerada um estilo de resistência, junto com outras expressões culturais.
A poesia marginal vai justamente na contramão da cultura brasileira na época dos anos de chumbo da ditadura militar. Tinha como fito expressar toda a violência diária sofrida pelos opositores ao regime político e, ir contrário ao conservadorismo da sociedade brasileira. E, suas principais características são a ironia, sarcasmo, o uso de gírias e de humor.
Existem grandes nomes como autores da literatura contemporânea, a saber:
Ariano Suassuna (1927-2014): escreveu “Auto da Compadecida” (1955) e “O Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta”; Antônio Callado (1917-1997): escritor de “A Madona de Cedro” (1957), “Quarup” (1967) e “O Tesouro de Chica da Silva” (1962); Caio Fernando Abreu (1948-1996): autor de “Morangos Mofados” (1982) e “Onde Andará Dulce Veiga?” (1990); Cora Coralina (1889-1985): autora de “Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais” (1965) e “Estórias da Casa Velha da Ponte” (1985); Ferreira Gullar (1930-2016): escritor de “Poema Sujo” (1976) e “Em Alguma Parte Alguma” (2010).
Ressalte-se outros nomes importantes da literatura contemporânea brasileira, a saber:
Nelson Rodrigues (1912 – 1980) é tido como um dos maiores dramaturgos do país. Nelson foi cronista, romancista, folhetinista e teatrólogo. Muitos críticos o enxergam como um autor de cunho Modernista, mas Nelson Rodrigues também conquistou grande influência no que hoje se chama de teatro contemporâneo, uma vez que entre as temáticas abordadas se encontram a questão do adultério, da morte, do suicídio e do preconceito.
Luís Fernando Veríssimo, filho de Érico Veríssimo, é escritor, cartunista, humorista, tradutor e além de cronista, músico. É considerado um dos escritores mais populares do país e suas crônicas ficaram conhecidas pelo caráter humorístico, sendo publicadas em diversos jornais, como por exemplo, O Globo e Estadão. Seus cartuns também abordam as temáticas sociais, culturais e políticas vigentes, sempre incitando o humor e a ironia a fim de provocar a reflexão no leitor.
Lygia Fagundes Telles nascida em São Paulo, a autora Lygia Telles é uma grande romancista e contista brasileira. Em 1985, tornou-se a terceira mulher a fazer parte da Academia Brasileira de Letras e sua literatura explora, de forma intimista, a psicologia feminina, o universo urbano e as relações interpessoais. Além disso, em 2016, aos 92 anos de idade, Lygia Fagundes Telles tornou-se a primeira mulher brasileira a ser indicada ao prêmio Nobel de Literatura.
Nélida Piñon membro da ABL (Academia Brasileira de Letras), Nélida Piñon ganhou representatividade na literatura brasileira por abordar, tanto em seus contos, como em seus romances, temáticas cotidianas que envolviam as relações na pós-modernidade.
Também com o incentivo de renovação linguística e estrutural, reflete sobre as inquietações humanas, desenvolvidas a partir de fragmentos de emoções, ideias e pensamentos. Suas obras mais conhecidas são: A República dos Sonhos, Vozes do Deserto, A Força do Destino e Uma Furtiva Lágrima.
Na poesia, temos outros expoentes, a saber:
Manoel de Barros também é um dos nomes mais aclamados da poesia contemporânea. Com uma preocupação enorme com a estética do texto, subverteu a sintaxe e escrevia orações na ordem inversa, valorizando neologismos e sinestesias. Sua poesia carrega um caráter onírico e imaginativo, mas também relembra aspectos regionais de sua terra natal, Cuiabá. Além disso, seus textos apreciam as coisas simples da vida, fazendo uma leve crítica aos anseios do indivíduo de sempre se apegar a bens materiais.
Cora Coralina cujo nome verdadeiro era Anna Lins dos Guimarães Peixoto, ou também conhecida como Cora Coralina, foi uma poetisa e contista brasileira. Apesar de ter sido uma das principais representantes das tendências contemporâneas da literatura brasileira, teve sua primeira obra publicada apenas aos 76 anos, mesmo escrevendo desde – e também sobre – sua infância e adolescência.
Paulo Leminski
Por meio de trocadilhos, jogos de palavras e brincadeiras, Leminski se tornou uma das principais referências literárias da contemporaneidade, trazendo ao leitor certa aproximação da língua falada, por meio de composições poéticas ricas em gírias e palavrões, como forma única e individual de escrita.
Enfim, os maiores poetas brasileiros modernos e contemporâneos:
Carlos Drummond de Andrade (1902-1987); Clarice Lispector (1920-1977);
Adélia Prado (1935); Cora Coralina (1889-1985); Hilda Hilst (1930-2004);
Cecília Meireles (1901-1964); Manuel Bandeira (1886-1968); Manoel de Barros (1916-2014).
Todas essas figuras eternas tornam nossa sobrevivência mais fácil por adicionar esperança em dias melhores. Não tinha apenas uma pedra no meio do caminho, tinha literatura, arte e cultura...