Odeio o Politicamente Correto
Eu odeio com todas as minhas forças, o politicamente correto. Trata-se de um engodo, uma censura, uma opressão…
Como um manual de regras, colocadas somente para nos afligir antes mesmo de pensar no que, sobre o que e para quem falar. A desculpa é tomar cuidado para não magoar a outrem, contudo, em tempos de excessivo sentimentalismo, uma mínima piada pode ser motivo de “ofensa” acarretando em desentendimentos, vitimização e naquela palavrinha horrível tão na moda, o tal do cancelamento.
Imagina a cena, você apenas diz que o tipo a lhe atrair é uma moça alta, e já vem ataques de todos os lados, ah,o que tem contra as mulheres baixas? Aí usam o sufixo fobia, tachando a pessoa dos rótulos mais absurdos possíveis. E, como se isso por si só não bastasse, joga-se nas redes sociais no intuito de criar o tribunal judicial da internet , o qual não leva em conta - e nem faz questão - o direito à defesa e a mínima chance de se explicar.
O fato fica ainda mais desesperador, quando já se leu a distopia 1984 de George Orwell, na qual a distorção da acepção das palavras, extinção de outras e por aí vai é apenas um método de controle e opressão à liberdade de pensamento e expressão. Estamos caminhando para um rumo perigoso; é assustador ver táticas narradas na distopia tão presentes nos dias atuais. E a principal desculpa é o combate ao “discurso de ódio”; combate às fake news - e quem checará os checadores? - há de se lembrar do Ministério da Verdade, cuja função era se apagar ou distorcer o passado, a fim de manipular o presente e controlar o futuro…
Fiquemos atentos, lutemos, partamos para a ação, oras, o preço da liberdade é a eterna vigilância. Fiquemos de olho, cuidar de modo que a próxima distopia a se “concretizar”, ao menos em parte, não seja Farenheit 451.