Ronda nos bairros - BVIW
Duas horas da manhã, ronda pelos bairros e a barraca de dona Drica bastante movimentada. Vatapá, camarão, acarajé, caruru, castanha de caju, caldo de sururu, pirão de mocotó e feijoada que é para levantar defunto. Do outro lado, o bar das moças promovia um paredão que não deixava a vizinhança em paz, 190 que aguente! E no meio disso tudo, um público nada responsável. Uma mistura de idades: novo, lobo e terceira idade. Drogas e entorpecentes presentes, sexo quase aparente, dança caliente e arma na cintura. Com o tempo, a percepção do todo vira rotina, e o relatório da retina é biônico. Nada escapa aos olhos famintos.Tanto dentro da viatura quanto dos olheiros. Seria um trabalho simbiótico se não tivesse objetivos desconexos. A sirene é abafada pelas ondas sonoras acima dos decibéis permitidos, mas a presença da lei não intimida ninguém. Esse público não reconhece autoridade, tudo é acatado através da força. Que assim seja, dona Mara registrou uma queixa de perturbação ao sossego público e a zuada tem que acabar. Reforço policial, posição tática, órgãos afins no local, SAMU para uma emergência, e os instrumentos de som são confiscados. Acabou!