ORDEM. DESORDEM. RESPEITO.

Quantos mortos trago vivos no coração, e dentro em mim quantos vivos há muito mortos estão"; é como levo na alma a reflexão de Belmiro Braga, dos que desrespeitam os valores fundamentais.

Ninguém desconhece que a ordem começa pelo respeito. Esse o ponto de partida para o convívio em paz. E ele começa na submissão normal e pacífica às próprias regras construídas pelo contrato coletivo entre Estado e cidadãos.

Não é necessário ser jovem ou encanecido para perceber que a nada se chega de produtivo senão pelo diálogo pacífico, respeitando o que os outros pensam. A crítica faz relevante o pensamento, mas a crítica relevante, da mecânica de serem justas as pessoas. Esse o ponto de partida que equaliza a paz.

A liberdade respeitada é o maior dos direitos e seu máximo reconhecimento.

Quem exerce seus direitos dentro dos limites preservados respeita os direitos dos outros.

O limite do exercício do direito que repele excesso, não dá chance ao eventual desequilíbrio da relação presidida pelo respeito. Está na alma esse alimento restaurador das democracias. As liberdades, contudo, têm o limite de não avançar no excesso. Este se traduz em toda a desordem de inconsequências que vai da deseducação ao embate com a lei, até à Lei Maior ,Constituição, quando por ação ou omissão é violada.

A ideia de crença na transcendência e em outro reino, messiânico, forma-se a projetar um mundo futuro, de merecimentos em protagonização ao que se foi e o que se fez nesse plano. É escatológico.

O desrespeito quando incidente nesta passagem, obstrui essa possibilidade. Quando se derruba o desrespeito à lei, mata-se a poesia nela existente. Suas estruturas serenas e belas de construções que lançam setas para o futuro subjetivo não admitem violações desse senso subjetivo. Não se censuram as palavras barrando seu curso, não se medeia a livre busca da comunicação entre as pessoas, a poesia dos justos segue seu caminho livre de censuras, liberta de barreiras prévias arrogantes, os injustos não conhecem a plenitude da justiça, essa sonorização permanente;ser justo. Só existe justiça para sua distribuição pela ordem respeitada.

Como se vê em nossa nação faz tempo, sem solução de continuidade, a cegueira da injustiça por falta de formação mínima, faz seguidores e proselitismo infante que desmonta a certeza poética que molda o respeito e o dom, enfim a ordem e a lei

Não há exercício de dom sem respeito,não há ordem nem atavios e ornatos poéticos, em absoluto desvio da arrogância do censor.

A censura é o medo em expor sua absoluta fragilidade, trôpega, coxa, deformada, insuficiente, félea, bota, medrosa e pobre, que não respeita as regras universais.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 20/06/2021
Reeditado em 20/06/2021
Código do texto: T7283306
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