IMAGINAÇÃO

Tem asas gigantes minha imaginação, que fluem por ares subjetivos, abstratos e concretos assemelhando-se aos grandes desbravadores do desconhecido. Nelas reinvento meus devaneios, renovam-se-me os sonhos, alcanço planícies longínquas, multiplico-me para atingir inúmeras plagas a um só tempo e sonho quimeras mil. Ser inventivo e ultrapassar os limites da criatividade vai além do meu próprio universo humano, eu como que me reencontro no empirismo do intangível, extrapolam-se-me os horizontes. Do meu eu brotam outros tantos egos similares, difusos, brandos, poéticos, cândidos, utópicos, sombras do meu incessante pensar. Perplexo ante a diversidade de fatores que se me abrem, vôo como se beija-flor fosse, uma águia, um gavião, um avião, ou tão-somente um mero poeta em hipnótico transe de encantada ternura. Então eu me supero, adentro o transcendental e me torno um mero instrumento do êxtase capaz de elevar as batidas do meu coração e deixá-lo tresloucado nesse gozo intenso e vibrante, porque a vida é o grande sonho que termina quando a madrugada dá à luz o alvorecer, esse indesejável amanhecer cognominado de morte, o fim para um novo e desconhecido começo num plano que ainda não nos é dado de todo a conhecer. Mas há uma chave a nos descortinar o outro lado, esse plano distante e eterno, chave esta cujo nome é fé, e fé no nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Sem a qual é impossível agradar a Deus.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 20/06/2021
Reeditado em 20/06/2021
Código do texto: T7282875
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