SEM AMARRAS.

Eu odeio política, sempre odiei e nunca escondo esse meu lado rebelde, por assim dizer, de ninguém. Por muitas vezes, em revistas e redações que colaborei, evitei tratar do assunto, 'política', afinal, isso não é da minha conta, deixo ao encargo do Alberto, ele é quem gosta desse tipo de assunto e está sempre antenado nesse mundo de... Como vou dizer... Raposas, isso, esse mundo de raposas. Prefiro navegar em outros mares mais calmos... É isso senhor Tiago! Respondida a sua questão, agora se me permite, voltarei a crônica, ou melhor, iniciá-la de verdade. Coisa que eu não fiz ainda, mas, tudo bem...

Na verdade, nem sei mais sobre o que eu iria falar. Ultimamente estou sendo vítima desses esquecimentos, desatinos, infortúnios e tantas outras coisas. Não é para menos, dada a situação a qual estamos vivendo, pandemia, internações, mortes... Enfim, difícil mesmo é encontrar alguém que não foi contaminado por esse... Bichinho... Essa que vos escreve, como tantos milhões pelo mundo, sofreu as consequências de à COVID-19. Fiquei sim, esquecida desde então. Amigas minhas ficaram também com sequelas, bem mais agressivas, outras, infelizmente, não resistiram...

Prosseguindo em nossa conversa, definitivamente eu não tenho a mínima ideia de qual assunto eu vou escrever. Simplesmente estou jogando palavras e mais palavras no micro, digitando aleatoriamente qualquer coisa que venha à mente... Nem tudo vai... Tem algumas coisinhas aqui que não tem mesmo como falar... Calma pessoal, não é nada sórdido, ou safado. São apenas pensamentos incomuns para uma jovem escritora, solteira e maluca.

Quem convive comigo sabe bem que gosto de assuntos bizarros, malucos, coisas estranhas, de outro mundo e até de outros universos... Eu sei que tais coisas são para muitos um completo absurdo, mas, o que neste mundo não é... Talvez eu fale de mim mesma, no entanto, quais atributos intelectuais essa baixinha de olhos claros e cabelos curtos tem a oferecer? Talvez eu seja minha própria versão distorcida de algum universo paralelo bem distorcido. Ou é esse universo distorcido e minha versão original esteja por aí, vagando em um mundo de perfeições? Eu disse, avisei que meus pensamentos não eram nada convencionais, nunca foi, afinal. Acostumem-se amigos e amigas, o Alberto e o Tiago bem sabem das minhas maluquices. Quando posso, consigo parecer, normal, pautada, concisa em um raciocínio lógico e centrado. Porém, hoje não, hoje quero ser apenas eu, sem máscaras e sem formalidades, ser eu com todas a minha loucura. Às vezes precisamos de nos libertar das amarras que nos prende a esse mundo de grades e normas: 'Faça isso', 'e aquilo', 'assim e assado'. Me parece que para ser aceito nesse plano universal, temos que ser a versão que outros escolhem para nós, nunca com nossas próprias escolhas.

Vou ser o que eu quiser ser e pronto.

( L. B )

Luise Batiliere.
Enviado por Tiago Macedo Pena em 20/06/2021
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