PARA ONDE IREMOS NÓS
PARA QUEM IREMOS NÓS
Ao tempo em que nos reuníamos, nos encontros de família, na igreja; enquanto podíamos sair para fazer compras, podíamos passear pelos parques da cidade, visitar parentes e amigos, esse era o NORMAL, a vida em comum. Podíamos nos abraçar após o churrasco, após o culto; podíamos fazer a feira e ainda dispensar alguma conversa amiga com o dono da barraca da praça; reunir para uma celebração em família ou com os amigos. No entanto, a nossa realidade mudou – somos agora os humanos mascarados, medrosos. Fugitivos de nós mesmos – porventura alguém me daria um abraço apertado? Alguém receberia um parente para passar alguns dias em sua casa? Ou indo a uma feira, parar por um pouco de tempo para um papo amigo? Na situação em que nos encontramos, muitos estão esquecendo do que foi construído entre nós até aqui, antes da pandemia – a vida do NORMAL. Para onde iremos nós, se caminhamos com medo de tudo e de todos. Cada um de nós assumindo a sua individualidade, como que dizendo: vou continuar recolhido em casa, quem quiser morrer, que morra sozinho – como se tivesse algum controle sobre si mesmo. Na verdade, ninguém está desejando ouvir estas coisas, não aguentamos mais tantas mensagens falsas, tanta mentira, tanto desordem. Precisamos mudar o discurso. O que temos ouvido de muitas pessoas crédulas: Jesus está voltando; O fim está cada vez mais próximo; Ó Jesus, está insuportável esse tempo. Vem Jesus! Estamos vivendo a grande tribulação, dá-nos força Senhor! Para onde iremos nós, em quem buscar conselho, a quem seguir pelo caminho? Alguns estão indo como ovelhas para o matadouro; outros estão desistindo da sua fé, abandonando a sua Congregação; mesmo com os recursos da internet, muitas mensagens têm sido gravadas ou transmitidas aos que permanecem em casa, para muitos isso tem ficado insuportável, aos poucos vem parecendo que estamos robotizados! Muitas tem sido as incertezas sobre o que vira mais à frente. Haverá um tempo melhor no Pós-Pandemia? Ou será apenas esperando que venham as novas cepas, dando continuação às mortes de cada dia, até nos encontrar a todos em estado de morte, ou no vale dos ossos secos? Há mais de dois mil anos atrás, uma grande multidão que seguia a Jesus, podiam ver os milagres, faziam companhia por onde o Mestre andava, com ele comiam, ouviam conselhos falando sobre o grande amor de Deus o Pai. Certa vez se maravilharam quando viram com seus próprios olhos, a multiplicação dos pães e peixes, pareciam estar felizes, até que Jesus faz uma parada para uma sabatina – um discurso pesado demais, vendo neles o quão incrédulos e faltos de entendimento, assim os ensinando: Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou; Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna; Os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do Juízo. Como podeis crer, vós os que aceitais glória uns dos outros e, contudo, não procurais a glória que vem do Deus único? Quantos de nós tem em conta os milagres que Jesus tem feito em nossas vidas pelo tempo de nossa caminhada até aqui? Certamente que, assim como aquela multidão que acabara de assistir a um Milagre tão extraordinário: cinco pães e dois peixes se multiplicando à frente de todos. Isso é uma loucura! Podiam alguns até assim pensar, cujos olhos não conseguem contemplar! Outros, talvez dizendo: Jesus é demais! Não seria mais ou menos isso que ouvimos quando dos dias melhores de nossas vidas? Será que Jesus estaria feliz por nossas convicções de fé? Ou teríamos que ouvir as mesmas palavras ditas à multidão: “vós me procurais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos fartastes.” Talvez, após ter entendido as advertências feitas por Jesus, os discípulos tivessem tido coragem para pedir novo conselho a Jesus: “Que faremos para realizar as obras de Deus?” Paradoxalmente, uma pergunta tola: “Que sinal fazes para que vejamos e creiamos em ti?” Jesus falava sobre o pão da vida, falava de vida eterna, falava sobre a ressurreição. Assim como os judeus aquela época, muitos ainda acham que Jesus é tão somente como sendo o filho de José o carpinteiro, e com isso continuam murmurando sem crer no Deus da salvação. Jesus continuou o seu discurso: “Que será, pois, se virdes o Filho do Homem subir para o lugar onde primeiro estava? O Espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que vos tenho dito são espírito e são vida. Contudo, há descrentes entre vós.” Por ter ouvido essas coisas, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com Jesus. Foi então que Jesus fez uma triste pergunta aos doze: “Porventura, também quereis vós retirar-vos?” Simão Pedro, respondeu com convicção: “Senhor, para quem iremos? Tu tens a palavra de vida eterna; e nós temos crido e conhecido que tu és o santo de Deus”. Para quem iremos nós nesta hora de pandemia? A quem ouviremos, quando tantos se tem manifestado como sendo bons conselheiros? É verdade que alguns buscam conselhos nos livros de autoajuda. Porque não buscar se orientar na fonte de toda a sabedoria transcritas nos Testamento de Deus, desde a antiguidade para toda a humanidade? Logo, se perdidos e sem rumo, quem nos poderá orientar quanto ao que fazer nestes tempos de trevas. Para quem iremos nós? "Tornai-vos para mim, diz o Senhor dos Exércitos, e eu me tornarei para vós outros, diz o Senhor dos Exércitos." Zacarias 1:3
15\06\2021