COMPLEXIDADES
Como todos os dias que saio para caminhar, vou ouvindo música e quase que automaticamente os passos vão se encaixando nos compassos.
A cabeça não se encaixa em lugar nenhum, não consegue reter os pensamentos que voam livres para os quatro cantos do universo, como se o universo tivesse algum lugar pro pensamento chegar e parar.
Tem hora que a música que está ali é o retrato perfeito da minha vida, tem hora que é aquilo que eu espero que aconteça, tem hora me leva para as nuvens, tem hora que mostra o inferno.
Mas a música também acaba sendo sufocada pelos pensamentos que a faz calar para os ouvidos ajoelhados diante do turbilhão de coisas que surgem. Que complexidade medonha deparamos ao tentar entender a gente mesmo. Desconfio que não somos um ser desconectado, livres de verdade, sem nada ligado em lugar nenhum. Talvez sejamos partículas do universo, que como um bloco se desloca de um lado para o outro, cuja vontade é conjunta entre nós que podemos decidir por onde iremos e as forças que tentamos a todo custo negar, nos influenciando de alguma maneira a fazermos as nossas escolhas.
Muitas das coisas que queremos acabam acontecendo, mas nunca dentro da nossa receita. Os ingredientes surgem nas formas mais inesperadas, inacreditáveis, vão impondo desafios para as misturas serem feitas num jeito que tentamos desvendar como seria e acabamos não tendo controle sobre ele, acabamos arriscando a errar pelos excessos ou pela falta, pela pressa ou pela demora, pelas incertezas. Quando acertamos a mistura vem o cozimento que é tão complexo como a mistura, mas vem acompanhado do belo e do delicioso que vão se formando diante de nós. Mas o desafio do cozimento também é grande, pois não se pode abreviar o tempo atiçando o fogo, que poderá por tudo a perder e nem se pode descuidar para que a chama não se apague de vez.
No final da caminhada surgem as coisas do dia a dia, que acabam repartindo os pensamentos, mas nem por isso me desvia do objetivo que quero e preciso seguir.
Olhei para o sol e me disse ele: calma, as nuvens irão!
Como todos os dias que saio para caminhar, vou ouvindo música e quase que automaticamente os passos vão se encaixando nos compassos.
A cabeça não se encaixa em lugar nenhum, não consegue reter os pensamentos que voam livres para os quatro cantos do universo, como se o universo tivesse algum lugar pro pensamento chegar e parar.
Tem hora que a música que está ali é o retrato perfeito da minha vida, tem hora que é aquilo que eu espero que aconteça, tem hora me leva para as nuvens, tem hora que mostra o inferno.
Mas a música também acaba sendo sufocada pelos pensamentos que a faz calar para os ouvidos ajoelhados diante do turbilhão de coisas que surgem. Que complexidade medonha deparamos ao tentar entender a gente mesmo. Desconfio que não somos um ser desconectado, livres de verdade, sem nada ligado em lugar nenhum. Talvez sejamos partículas do universo, que como um bloco se desloca de um lado para o outro, cuja vontade é conjunta entre nós que podemos decidir por onde iremos e as forças que tentamos a todo custo negar, nos influenciando de alguma maneira a fazermos as nossas escolhas.
Muitas das coisas que queremos acabam acontecendo, mas nunca dentro da nossa receita. Os ingredientes surgem nas formas mais inesperadas, inacreditáveis, vão impondo desafios para as misturas serem feitas num jeito que tentamos desvendar como seria e acabamos não tendo controle sobre ele, acabamos arriscando a errar pelos excessos ou pela falta, pela pressa ou pela demora, pelas incertezas. Quando acertamos a mistura vem o cozimento que é tão complexo como a mistura, mas vem acompanhado do belo e do delicioso que vão se formando diante de nós. Mas o desafio do cozimento também é grande, pois não se pode abreviar o tempo atiçando o fogo, que poderá por tudo a perder e nem se pode descuidar para que a chama não se apague de vez.
No final da caminhada surgem as coisas do dia a dia, que acabam repartindo os pensamentos, mas nem por isso me desvia do objetivo que quero e preciso seguir.
Olhei para o sol e me disse ele: calma, as nuvens irão!