A dor nossa de cada dia
Em algum momento de nossa história todos iremos sentir medo, dor e indecisão, diante de perdas.É natural que o ser humano sofra diante das perdas . Ninguém está imune à dor. Ela faz parte do ciclo da vida. A mesma está em nós desde nosso nascimento.
A alma humana experimenta dias de glória e dias de sofrimento. É tão natural como beber água ou respirar. Todavia poucas pessoas sabem viver cada momento na sua totalidade.
Pensamos: seria maravilhoso se a vida fosse um jardim de rosas. Mas já paramos para observar os jardins? Será que tudo é estático, nada sofre alterações, ninguém sente medo ou dor? A vida é um imenso jardim, isso eu posso perceber perfeitamente.
Todos os dias o sol nasce e a gente só o vê na primavera. No verão a gente reclama de seu intenso calor, no inverno a gente não o enxerga e no outono parece que ele não existe.
A dor é como o sol de verão: queima, abre feridas, parece dilacerar a alma mas vai embora no momento certo.
É natural que soframos quando a dor nos visite, quando enfrentamos perdas. Somos seres humanos, não pedaços de ferro. A alma humana é sensível à dor, assim como a pele e sensível ao sol de verão. O diferencial é a forma como esse sofrimento deve ser conduzido, como deve ser enfrentado.
Se ao tocarmos uma brasa, nada sentirmos é algo que causará estranheza.
Ninguém sente a dor da mesma forma. Cada um expressa o que sente de forma diferente. Não há remédio que cure a dor da alma, pode amenizar os efeitos. É preciso entender que todos somos diferentes e iguais em muitos aspectos. Expressar a dor para muitos é quase natural, para outros é algo penoso.
Portanto, quando a dor acenar na janela da sua alma, não sinta pena de si, não se ache incapaz de superar, mas não queira ser super-herói. Seja alguém capaz de mostrar ao mundo que sua alma está ferida, que as adversidades da vida também marcaram sua história. Vivamos um dia de cada vez, sentindo nossas dores de cada dia.
Lu