A vida é um desafio constante. Tudo é muito bonito, até que me deparo com um problema que não  esperava. Vivo tentando fazer o "Jogo do Feliz", a olhar a vida  numa perspectiva diferente. 

Existem tantos conselhos  de como  ser feliz - alguns utópicos, outros parecem uma receita de bolo,  na qual a falta de um ovo não vai fazer diferença.  Técnicas de meditação, livros holísticos ou espiritualistas, palestras impactantes que quando eu assisto, penso em colocar tudo em pratica e concluir que  - a
í sim! - a felicidade vai ser completa e perfeita.  Então, aplico tudo no dia seguinte, repito, esperando aquele milagre imediato, mas depois a roupa precisava ser lavada, a casa estava cheia de pó – e o que vou fazer para o  almoço? Quantas desculpas fajutas!

Assim sigo a vida numa luta constante de sobrevivência. Alguns dias tristes, outros mais alegres,  pelo menos cantar eu sei que faz bem!  (mas nao para o ouvido do Roque, meu pobre marido).  E quando o excesso de noticias e o negativismo me atacam num dia em que estou mais carente, dá aquele branco, tipo "pânico de pandemia". Como se eu não soubesse como agir, e meus poucos  neuronios sobrantes  tivessem viajado de férias para a  Florida. Será que colocaram máscara no avião? Na volta preciso deles inteiros!

Chegou, então, aquela hora de comprar aquelas tintas coloridas, pintar uma paisagem diferente, não baseada em livros, ou palestras, mas em tru
ísmos herdados,  tipo palavras de mãe, como:  "Menina para de inventar problemas, isso sabe o que  é?  falta de serviço!". Ah! ainda vou publicar um livro com  esses conselhinhos, entitulado : "Best Seller de Mãe".

Tema: Deu branco? Bota cor.

 
Mary Fioratti
Enviado por Mary Fioratti em 08/06/2021
Reeditado em 17/06/2021
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