QUAL O VALOR DE UMA ALMA?
Ontem eu estava quase chegando a São Paulo. Ao longe já se avistava a silhueta emblemática do prédio do Banespa. O trânsito estava fruindo lentamente. Ambulantes desfilavam os seus produtos livremente à beira do passeio. Foi quando parou ao meu lado um kia Sportage prata, última geração. Reluzia como um querubim. Ao meu lado, um ambulante, sujeito simples, de bermuda e chinelão, em mangas de camisa, puxou assunto:
- Deve ser bem caro o IPVA desse carro né não? E o dono assentiu com um movimento de cabeça enquanto contemplava o sujeito com certa curiosidade. Ele insistiu:
Uns doze, treze mil? Dizia extasiado, como quem contempla o divino. E o dono mais uma vez assentiu com um gesto complacente.
E o seguro então nem se fala né? Dizia ele inquirindo o proprietário com vivo interesse comercial.
Daí um pouco mais e aquela entidade celeste se perdeu em meio a um trânsito caótico e intransigente. E eu cá fiquei pensando: que diferença faz para aquele ambulante o valor do IPVA? Se o seguro é caro ou barato? Não que um indivíduo não tenha o direito de sonhar, o que eu quero dizer é que existem coisas muito mais importantes e que podem fazer toda a diferença tanto na vida de um ambulante como na vida de um “bacana”. Por exemplo: Quantos Kia Sportages seria necessário para cobrir o preço de uma única alma? Alguém saberia dizer? Nas palavras do rei Davi, a redenção de uma alma é caríssima. Sl 49:8
Gostaria de fazer algumas considerações: Foi o próprio Cristo quem disse: “...pois que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma? Não há nada que alguém possa oferecer como pagamento por uma alma, tanto é verdade que está escrito que Deus comprou com o próprio sangue um povo exclusivo para si. At. 20:28
O valor de uma única alma é algo tão inestimável aos olhos de Deus que Paulo de Tarso não mediu esforços para espalhar essa verdade, pois que enfrentou naufrágios, prisões, açoites, apedrejamento, exaustão, fome, frio, perigos e até mesmo o martírio, para que as pessoas pudessem conhecer o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo. Os reformadores do século XVI seguiram a mesma linha e empreenderam esforços no sentido de que as escrituras pudessem ser traduzidas para o maior número possível de idiomas e assim, até as almas mais simples pudessem contemplar o divino através das páginas do livro sagrado e não se fizessem prisioneiras nem deslumbradas ao apelo consumista.
Para aqueles que julgam conhecer os mistérios de Deus, que nunca se esqueçam disso: “Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo”. 1ª Co 6:10.09/06/2018. J.A