O ALIMENTO QUE REDIME, CONFORTA, CONSOLA, SALVA. CORPUS CHRISTI.
O Corpo de Cristo, alimento da alma do ser vivo, assim por Ele passado pela tradição. O Remanso do Espírito que abre a porta para a alma ascender.
Dia de silêncio. Envolvimento em meditação que restaura. O mais significativo oxigênio que nos leva a respirar e sentir a força de Algo mais. A fé, sentimento estruturado nas fronteiras do ser e existir. Como atingir o ser, sendo, para a missão que viemos cumprir? Nada mais distante em concretude filosófica.
O "Conhece a ti mesmo", com multiplicidade de significados, encontra uma lógica na enciclopédia grega Suda, século X, que diz: "o provérbio é aplicado àqueles que tentam ultrapassar o que são".
Em latim o aforismo é conhecido como Nosce te ipsum[ ou temet nosce. Mostra a nossa grande diferença do Homem Jesus de Nazaré, Ele conhecia sua missão. Era o Filho de Deus, Uno com a Santíssima Trindade.
Nunca cedeu na sua missão de humildade, cedendo às tentações a que foi exposto, se reagisse com a Força de ser o Filho de Deus. Não seria quem Era. Tentado antes de Sua morte no Horto das Oliveiras por Lúcifer sofreu as dores do mundo.
Queremos ser mais do que somos, e devemos ceder sempre, sermos humildes, simples, mesmo tendo tudo ao seu dispor.
Em Luxor os neófitos só têm acesso ao templo quando se mostram dignos e prontos para adquirirem maiores conhecimentos.
Um dos provérbios do Templo é "O corpo é a casa de Deus." E segue-se outro: "Homem, conhece a ti mesmo, assim conhecerá os deuses."
A Festa de “Corpus Christi” é a celebração em que solenemente a Igreja comemora o Santíssimo Sacramento da Eucaristia; sendo o único dia do ano que o Santíssimo Sacramento sai em procissão às nossas ruas.
Nesta festa os fiéis agradecem e louvam a Deus pelo inestimável dom da Eucaristia, na qual o próprio Senhor se faz presente como alimento e remédio de nossa alma.
Surgiu no séc. XIII, Liège, Bélgica, a celebração, na vontade de Juliana de Mont Cornillon, religiosa, que recebia visões nas quais o próprio Jesus lhe pedia uma festa litúrgica anual em honra da Sagrada Eucaristia.
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Em Bolsena, Itália, ocorreu o milagre eucarístico. Gotas de sangue vertiam da hóstia após a consagração. O padre teria duvidado da presença real de Cristo na Eucaristia. E deu-se o milagre.
O Papa Urbano IV residia em Orvieto, cidade próxima de Bolsena, onde vivia S. Tomás de Aquino, e ordenou ao Bispo Giacomo que levasse as relíquias de Bolsena a Orvieto. Aconteceu em procissão. O Papa encontrando a Procissão na entrada de Orvieto, exclamou em face da relíquia eucarística as palavras: “Corpus Christi”.
Faz doze séculos aconteceu o primeiro e mais prodigioso Milagre Eucarístico da Igreja Católica. Por volta dos anos 700, na cidade italiana de Lanciano, no mosteiro de São Legoziano dos Monges de São Basílio, havia um deles que tinha cultura mais mundana do que voltado para o Ministério de Deus. Sua fé era duvidosa e fraca. Na hóstia consagrada, colocava dúvidas que fosse o verdadeiro Corpo de Cristo e o vinho o Seu verdadeiro Sangue.
Celebrando a Santa Missa, sempre acossado pela sua dúvida, após proferir as palavras da Consagração, ele viu a hóstia converter-se em Carne viva e o vinho em Sangue vivo. Sentiu-se diante de tão espantoso milagre, em choque.
Disse então:
“Ó bem-aventuradas testemunhas diante de quem, para confundir a minha incredulidade, o Santo Deus quis desvendar-se neste Santíssimo Sacramento e tornar-se visível aos vossos olhos. Vinde, irmãos, e admirai o nosso Deus que se aproximou de nós. Eis aqui a Carne e o Sangue do nosso Cristo muito amado!”
A Hóstia-Carne apresentava, como ainda hoje se pode observar, uma coloração ligeiramente escura, tornando-se rósea se iluminada pelo lado oposto, e tinha aparência fibrosa; o Sangue era de cor terrosa (entre o amarelo e o ocre), coagulado em cinco fragmentos de forma e tamanhos diferentes.
A partir de 1713 até hoje, a Carne passou a ser conservada numa custódia de prata, e o Sangue, num cálice de cristal. Aos reconhecimentos eclesiásticos do Milagre, a partir de 1574, veio juntar-se o pronunciamento da Ciência moderna através de minuciosas e rigorosas provas de laboratório.
Em 1970 que os Frades decidiram, devidamente autorizados, confiar a dois médicos de renome e idoneidade moral a análise científica das relíquias. Para tanto, convidaram o Dr. Odoardo Linoli, Chefe de Serviço dos Hospitais Reunidos de Arezzo e livre docente de Anatomia e Histologia Patológica e de Química e Microscopia Clínica para, assessorado pelo Prof. Ruggero Bertelli, Prof. Emérito de Anatomia Humana Normal na Universidade de Siena, proceder aos exames.
Após exames exatamente a 4 de março de 1971, os pesquisadores publicaram um relatório contendo os resultados das análises:
“A Carne é verdadeira carne, o Sangue é verdadeiro sangue. A Carne é do tecido muscular do coração (miocárdio, endocárdio e nervo vago). A Carne e o Sangue são do mesmo tipo sanguíneo (AB) e pertencem à espécie humana. No sangue foram encontrados, além das proteínas normais, os seguintes materiais: cloretos, fósforos, magnésio, potássio, sódio e cálcio. A conservação da Carne e do Sangue, deixados em estado natural por 12 séculos e expostos à ação de agentes atmosféricos e biológicos, permanece um fenômeno extraordinário.”
É assim o Milagre de Lanciano.
“Jesus nos diz: Eu existo e estou convosco. Confiai em Mim”.