É no perigo que elas se revelam
É no perigo que elas se revelam
Ontem assisti à um documentário , que mostrava algumas curiosidades sobre hábitos,
relações alimentares de alguns animais que habitam lugares frios do planeta. O que me chamou atenção foi um ataque de lobos à uma manada de renas, a forma como as mamães reagem para defender seus filhotes é impressionante, quando começa a corrida dos lobos para devorar suas presas. Os filhotes ,como são presas mais vulneráveis, acabam sendo o alvo principal de seus predadores, então começa a luta movida pelo famoso instinto materno .As renas lutam com unhas e dentes para inserir os filhotes para o meio da manada, porque sabem que sozinhos se tornam presas fáceis. Enquanto a corrida acontece em um espaço aberto, em cima de um lago congelado, a dificuldade dos lobos é bem maior, pois as mamães renas acabam com muito esforço e bravura , empurrar o filhote para o grupo , assim, o protegendo. A única maneira que os lobos encontram para conseguir suas presas , é atrair a manada para a floresta ,pois assim os filhotes podem se distrair e afastar de suas mamães e assim serem devorados. Na floresta ,eles também tem a possibilidade de se esconder entre as árvores e passar despercebido , facilitando assim o ataque.
Fiquei pensando ,nesse dia das mães ,sobre o que escrever ,para homenagear essas guerreiras, em especial à minha rainha. Me permiti fazer algumas associações das atitudes dessas renas do documentário a que assisti ,à atitude de minha mãe. Esses dias eu e meu irmão , atravessamos ,de forma figurada, esse lago congelado, com inimigos ferozes tentando nos atacar: a doença e morte do nosso amor maior, da nossa base. Nos vimos totalmente vulneráveis, desprotegidos, fragilizados. Foi então , que essa mulher leoa ,chamada Nilza ,ou Tucha, como queiram ,se revelou. Eu visualizei uma guerreira , tão forte, tão determinada , tão batalhadora , que nunca tinha visto antes. Eu a admirava demais, mas à partir desse momento ,eu não tenho palavras que a descreva. O que essa mulher fez nos últimos dias de vida do meu pai , ninguém no mundo ,nem nós filhos, tivemos condições físicas e psicológicas para tal. Eu a vi , diversas vezes ,em necessidade extrema e impensada ,colocar sua vida em risco, se expor ao perigo de também se contaminar com o maldito vírus , que levou a vida de meu pai, para tentar amenizar o sofrimento dele ,e tentar cuidar e salvar sua vida. Quando desmoronei, entrei em depressão ,ela estava ali ,destruída por dentro, acabada, mas não se permitindo abater ,para não piorar ainda mais minha situação. E é ela que até hoje, tem lutado para nos inserir novamente ao convívio social.
Hoje quero agradecer a Deus por esse presente, que é a sua companhia. Rogo a Deus pelos filhos órfãos dessa proteção materna ,nos lagos gelados e nas florestas da vida ,em que lobos ferozes, se escondem diariamente entre árvores, e somos todos, sem distinção ,presas fáceis e vulneráveis!! Principalmente ,nesses dias , há um perigo eminente à espreita!!
Parabéns , mamães!! A força de vocês é que nos salvam!!
Parabéns, Nilza Rocha, a senhora é a mulher mais linda, mais forte, mais encantadora que conheço!!!
Dizer te amo, é muito pouco!!