Amora
Junho...mês do aniversário de quando ela chegou...uma coisinha magrinha e remelenta.
Assim como tantos animais essa é uma história de abandono, com a ressalva de um final feliz!
A gatinha apareceu na casa da vó, lugar onde tantas pessoas costumam abandonar gatas prenhas, filhotinhos indefesos...e a pequena foi apenas mais uma. A vi algumas vezes em que fui lá: ela sempre estava dormindo numa cadeira de área.
Mas foi no dia em que retornei e notei que a pequena havia perdido um olho. Me perguntei até onde ia a maldade humana pra ter coragem de fazer isso com um bebê indefeso.
Ali, aquela história já tinha outro rumo: não podia olhar para aquele serzinho e não querer fazer algo. Foi aí que a saga começou.
Coloquei a pequena no carro e trouxe pra casa. Por aqui já haviam 2 cachorros e 2 gatos, qual o problema de mais um? Afinal de contas ela precisava de mim.
Amora apresentava um quadro gripal forte, tivemos algumas idas ao veterinário até que ela melhorou. A verdade é que, foram tantas idas ao veterinário pelas mais diversas coisas. Costumo dizer que tudo que não precisei gastar com os outros, gastei com ela...meu prêmio de loteria invertido!
Mas esse bilhete de loteria furado, é a alegria entre os outros animais, extremamente brincalhona, carinhosa e ciumenta também. Gosta de ficar comigo onde quer que eu esteja: seja deitada, assistindo TV, no trabalho em home office, nas tarefas domésticas...ah, limpar a casa com ela é um desastre!
Detalhe: ela ama dar lambeijos! Não pode se aninhar comigo que começa a disparar o festival de carinho.
Amora, Morinha, Cabrita...Essa pequena que deu tanto trabalho é um amor incapaz de ser explicado. Todos os seus jeitos, miados, carinhos e até ciúmes, expressam toda a forma de amor destes seres tão especiais, os quais temos o privilégio de poder ter em nossa vida.
3° texto da série "Animais de estimação"