"QI"

"QI"

terça-feira, 1 de junho de 2021

As mídias existentes hoje em dia, de tão férteis e numerosas que são, nos permitem uma gama de descobertas surpreendentes. É claro que essa possibilidade não é tão plena para todos. Digamos que apenas para alguns ou para poucos. Até porque não são todos os temas ou assuntos que são interessantes para isso.

Num simples programa de televisão, que também é visto através da internet, observou-se discussão entre dois de seus participantes, onde eles passaram a agredir-se mutuamente, mesmo que só em palavras, expondo certas situações que colocaram à descoberta de, digamos, certos segredos que muitos não imaginavam.

A rodada de bate papo possuía uma meia dúzia de participantes. E os temas estavam acalorados, dando início aos desencontro entre quase todos eles. Mas apenas dois é que se estranharam de forma desequilibrada, dando margem a quem os assistia, ficar sabendo de certos pormenores.

Ocupar certos espaços públicos através de um programa desse talvez seja o sonho de muitos. Mas com o que esses dois deixaram a ver, foi que o acesso aí não é para todos. Sequer para muitos. Isso porque existe um aspecto que é valorizado de forma distorcida. É o alto QI que eles possuem que os permitem lograr êxito em ocupar aqueles lugares.

Abra-se um parêntese para explicar o que representa a expressão "QI", neste caso. Diferentemente do que se sabe em regra geral, QI quer dizer 'quociente de inteligência', um fator empregado no desenvolvimento das pessoas, mostrando seu grau dessa propriedade.

Mas esse mesmo item é usado para representar 'quem indicou'. Ou seja, o indicado o foi por alguém de alto prestígio, mas não da qualidade que possui, ficando esta num plano inferior, apenas beneficiando o indicado pelo indicante ou indicador. Popularmente também chamado de 'padrinho'.

Infelizmente o mundo está repleto de casos assim. Na televisão, no rádio, nos jornais, bem como em muitas empresas privadas, esse método é utilizado, causando um certo grau de injustiça. Principalmente ao aspecto meritocrático. E isso, convenhamos, é uma coisa nociva à própria humanidade, que vê pessoas alcançarem e ocuparem lugares indevidos, sem quaisquer méritos para tanto ou tal.

No caso específico dessa narração, os dois envolvidos são filhos de pessoas influentes, que lhes proporcionaram alcançar tais ocupações, em detrimento de outros que, certamente, seriam bem melhores que eles. Isso é a vida e o sistema em que vivemos nesses dias modernos.