Uma poltrona num canto d'alma
Prédios gigantes.
Enormes janelões, sacadas ao sabor do vento nordeste.
No maior deles um ser solitário contempla a sua fantástica obra.
Quantos desenhos ele fez de cada andar daqueles!
E como ele queria contemplar aquela vista panorâmica ali na sua frente.
Sonhou com esse momento anos a fio.
O mar.
As rodovias.
Os pássaros.
As pessoas lá embaixo, todos aos seus pés.
Inebriava-se, quanto mais dinheiro gastava nas suas obras, mais sobrava na sua conta bancária.
O prédio balançava com o vento que passava.
Cálculos e mais cálculos de engenharia!
Um edifício feito para nunca cair!
Jamais!
O ser sorri.
Está feliz com o que vê, com o que realizou até ali.
De repente, atordoado sem saber por que, fica infeliz com o que não vê mais.
E uma densa nuvem de tristeza o entorpece.
Lembrou da sua felicidade junto com seus pais e irmãos.
Viviam numa grande fazenda, todos juntos, os seus pais e mais sete irmãos.
Lembrou do seu irmão mais novo que o chamava de Zé grandão!
A sua ganância o fez passar como rolo compressor sobre todos eles.
Ávido sobre as terras da imensa fazenda fechou os olhos e enterrou os seus irmãos.
Os seus pais morreram de desgosto, alguns anos morando na beira das estradas.
Só ele ficou de pé.
Enriqueceu-se na vida, soberbas no seu coração.
Passaram-se cinquenta anos dessa destruição.
Agora ele ali, embriagado, chora por momentos e ao mesmo tempo ri sobre si mesmo.
...Subitamente abre o enorme janelão na sua frente, e...!
A sua poltrona guarda, por momentos, o calor do seu corpo.
E depois fica estática e vazia voltada para um lindo por do sol!
*******
Os elos da felicidade devem ser preservados para a longa caminhada, senão a vida torna-se estéril, vira uma ilusão toda a riqueza material adquirida, quando ela cai, num dado momento, num canto d'alma.
A maior tristeza do ser humano é não ser mais amado.
Uma crônica fictícia, mas devem ocorrer histórias verdadeiras, por ai, também.
Prédios gigantes.
Enormes janelões, sacadas ao sabor do vento nordeste.
No maior deles um ser solitário contempla a sua fantástica obra.
Quantos desenhos ele fez de cada andar daqueles!
E como ele queria contemplar aquela vista panorâmica ali na sua frente.
Sonhou com esse momento anos a fio.
O mar.
As rodovias.
Os pássaros.
As pessoas lá embaixo, todos aos seus pés.
Inebriava-se, quanto mais dinheiro gastava nas suas obras, mais sobrava na sua conta bancária.
O prédio balançava com o vento que passava.
Cálculos e mais cálculos de engenharia!
Um edifício feito para nunca cair!
Jamais!
O ser sorri.
Está feliz com o que vê, com o que realizou até ali.
De repente, atordoado sem saber por que, fica infeliz com o que não vê mais.
E uma densa nuvem de tristeza o entorpece.
Lembrou da sua felicidade junto com seus pais e irmãos.
Viviam numa grande fazenda, todos juntos, os seus pais e mais sete irmãos.
Lembrou do seu irmão mais novo que o chamava de Zé grandão!
A sua ganância o fez passar como rolo compressor sobre todos eles.
Ávido sobre as terras da imensa fazenda fechou os olhos e enterrou os seus irmãos.
Os seus pais morreram de desgosto, alguns anos morando na beira das estradas.
Só ele ficou de pé.
Enriqueceu-se na vida, soberbas no seu coração.
Passaram-se cinquenta anos dessa destruição.
Agora ele ali, embriagado, chora por momentos e ao mesmo tempo ri sobre si mesmo.
...Subitamente abre o enorme janelão na sua frente, e...!
A sua poltrona guarda, por momentos, o calor do seu corpo.
E depois fica estática e vazia voltada para um lindo por do sol!
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Os elos da felicidade devem ser preservados para a longa caminhada, senão a vida torna-se estéril, vira uma ilusão toda a riqueza material adquirida, quando ela cai, num dado momento, num canto d'alma.
A maior tristeza do ser humano é não ser mais amado.
Uma crônica fictícia, mas devem ocorrer histórias verdadeiras, por ai, também.