AMIGOS ATÉ ONDE?




AMIGOS ATÉ ONDE?

Ela me ensinou a sofrer
a escrever verbos surdos
de rosto vermelho estupido
nas tardes antes da luz
trazer o que estava
escondido nas colinas
por entre aquelas nuvens
Fantasiando tudo de
magia ou algo especial...
O que era natural na espera
era impossível suportar
Era igual a ontem antes
do telefone tocar
pouco depois de ler
uma mensagem digitada
de letras conjuntas trêmulas
mãos rápidas de alguém
sendo vigiada de longe
Eu percebi a noite no
escuro da janela que meu
nome estava difícil
pra ser aliado do amor!
Ela sentia outra vontade
Queria o perigo da discórdia
Não poderei vender a alma
por tão pouco dela ser
consumida dentro de mim...