Na dúvida? Finja loucura
Meter o louco é delicioso. Esse seria o título desse texto mas achei meio pesado e de muito duplo sentido. Mas que não deixa de ser delicioso, não deixa. Estamos caindo do abismo, deixamos a beira faz é tempo e alguns choram, gritam de olhos fechados, e outros insistem em se divertir. Pandemia o nome.
Eu sei que tem gente que precisa trabalhar.
Eu sei que metrô e trem lotado é mais que perigoso.
E sim, conheço gente que seguiu todos os protocolos e infelizmente pegou esse vírus maldito e veio a falecer. Triste, revoltante.
Só que cara, a vida continua né. Continua? Como continuar sem deixar de olhar para trás? O mundo em nossa volta? Não, não estou falando de política, estou falando de bom senso.
Um casal (ex-amigo meu, claro) casou e foram felizes ao México passear em lua de mel. Bonito né? Não achei. Achei de mal gosto de nem um pouco de bom tom. Logo, bloqueei em todas as redes sociais possíveis e imagináveis. Ué, a vida não é deles? Então, a vida é minha pra eu escolher quem eu quero que fique e quem quero contato. Meti o louco. Dentro de casa, de máscara. Ah mas já tava comprado, iam ficar no prejuízo, e etc. Tudo bem, eu sei que existe N motivos pra isso. Ou não, e não estou aberta para diálogo. De novo, meti o louco.
Meter o louco às vezes é a única saída para o amor-próprio. E eu estou querendo amar de verdade e não engolir aquilo que não aceito.
Não sei se sairei viva dessa batalha, mas pelo menos sei que estive ao lado e por escolha, dos bons soldados.