Qual dor você deseja?

Se você chegasse em um restaurante e o garçom com o cardápio em mãos lhe perguntasse:

- Que tipo de sofrimento o senhor vai querer hoje?

Algum espanto, alguma reflexão, muito desconforto... Até que o garçom explicasse o “menu”:

- Você vai sofrer, quer você queira ou não, e é te dado uma escolha, por qual motivo sofrer...

Sofrimentos que te fazem melhor ou sofrimentos estacionários...

Depois de compreendido o prato, entendemos que tudo dói em nosso processo de crescimento, e a menos que queiramos ficar estacionados onde estamos – o que dói amargamente... ou levantamos da cama e encaramos o processo, que é assustador, tenebroso e escuro.

Andar no desconhecido é algo que ninguém suporta, mas que muitos o fazem... pois vencem o medo de pisar onde não enxergam, um passo, depois outro passo e...

Tudo é assustador, mas a estática mata, e o medo também – então se vamos sofrer de qualquer maneira – que seja no novo... tentando sermos pessoas melhores, pais melhores, filhos melhores... humanos melhores.

“Tudo é dor

E toda dor vem do desejo

De não sentirmos dor” (trecho de Quando o sol bater na janela do teu quarto Legião Urbana)