GESTÃO EM TEMPOS DE CÓLERA.
Do síndico ao presidente, não há mais como administrar nada no mundo se você não for um poliglota.
Saber a língua do povo e a língua do mercado, a língua da ciência e a língua da fé, a língua do patrão e a língua do operário, a língua do jovem e a língua do homem maduro, a língua digital e a língua tradicional, a língua da lei e a língua dos costumes, enfim saber transitar por todos os espaços de interação que a sociedade proporciona.
O banco, a loja, o artista, o político, a mídia e qualquer segmento que não diversificou seu atendimento e seus produtos saiu do mercado ou minguaram para irrelevância.
Não adianta querer padronizar teu serviço e transformar tua clientela, se você ignorar a demanda dos "outros" será, cedo ou tarde, por eles ignorado.
Separar o cliente entre "raiz" e "nutela" deve ser parâmetro para mudança no teu atendimento e não mudança do querer no atendido.
Jargões como "juntos somos mais forte" servem para recrudescer grupos minoritários que não conseguem se adaptar a pluralidade, que enxergam a existência possível apenas com a aniquilação do que é diferente: precisam ser mais forte do que quem afinal?
Este grupos sofrem da anomalia de quem precisa de inimigos para justificar seu estado bélico constante.
Eles são saudosos do mundo em que cada país tinha uma predominância étnica acima de 80% e a aparência e costumes eram padronizados, logo não conseguem se adaptar ao mundo atual, fracassam ridiculamente nas gestões em que se aventuram e culpam sempre o outro por seu fracasso, o seu "inimigo necessário".
Estes inconciliáveis desejam ser empreendedores, mas são no máximo repreendedores que sonham com seu mundo ideal no qual todos falam, pensam e agem de uma forma única, Este sonho de monocultura utópica é muito parecido com a tentativa dos hebreus na antiguidade, quando tentaram construir um reino apartado dos gentis: não ande com fulano, não coma com beltrano, não entre na casa de ciclano...projeto felizmente desconstruído por Cristo mais tarde e que ainda hoje alguns tentam ressuscitar.
As opções possíveis no mundo atual ao gestor de grupos é ser rio (contornar todos os obstáculos geográficos para chegar ao fim de sua jornada) ou ser lago (ficar parado esperando receber alguma água extemporânea que geralmente vem com dejetos).
ADAPTAR-SE É VIVER....ADAPTE-SE E SOBREVIVA A ESTES TEMPOS DE CÓLERA!