Espontaneidade e Beleleú
ANTES de entrar no assunto desta arenga, confesso que na minha opinião uma carreira está em alta nessa CPI d pandemia, os personal training que ensinam os depoentes e inquisidores a se apresentar na dita cuja. Parece tudo adredemente preparado, até os xingamentos. Juro, A outra palinha é o que disse,brincando, o papa Francisco quando, no Vaticano,recebeu um pedido de alguns padres da Paraíba para rezar pelos brasileiros. Foi fundo na piada: "Vocês não têm salvação. é muita cachaça e pouca oração". Bingo. Esse papa é descontraído,tem humor. Muito humor.
Vamos à arenga. Posso estar errado, o que não seria novidade, mas acho que estamos perdendo algo que pode arranhar substancialmente e prejudicar muito a nossa personalidade e criatividade: estamos perdendo a espontaneidade: em vez de agirmos omo manda a nossa vontade, nosso desejo, nossa maneira de ser, não raro optamos pela moda, pela ditadura da mídia e das redes. Estamos nos deixando sloganizar, o nosso linguajar está completamente afetado. Nós não vamos, vão nos levando. Não pensamos mais, viramos um número, uma senha, somos apenas meros espectadores e nunca participantes ativos de nada. Detalhe: não apenas no que diz respeito ao lazer, estamos nos alienando também no que tange à crença, religião, ideias, política,até mesmo nas relações pessoais, sexuais e no escambau.
Talvez porque seja velho e agarrado ao passado eu seja um tanto ou quanto parcial. Mas sempre observo que as pessoas não pensam mais, repetem o que mnda a moda, a mídia, o modismo.A espontaneidade e a opção pessoal foram pro beleléu. Inté.