Distorçoes
Nem tudo o que vemos é o que é, temos uma mente muito inapta para processar tudo o que “olhamos” em nossa volta, e também coopera para isso alguns filtros que nossa personalidade imprime a esse campo de visão... Orgulho, vaidade, medo, arrogância ...
Quando olhamos para dentro de nós mesmos, esses mesmos filtros comprometem o que “enxergamos” a respeito de nós mesmos, superdimensionando ou subestimando valores, independentemente de os encararmos como positivos ou negativos ao nosso conjunto moral.
Então ora somos super-heróis, ora mendigos humanos, colocando sobrepeso sempre naquilo que entendemos como sendo o nosso mais fiel retrato... oito ou oitenta, pois até o fato de ser meio termo (medíocre) nos soa como algo depreciativo...
E nessa dança de distorções vamos nos tornando o que somos, pessoas infladas artificialmente por valores que pouco importam diante do tudo (dinheiro, beleza, poder...) ou nos esvaziando por motivos que também não importam (medo, dependência, vergonha, culpa...).
Com isso dimensionamos no outro uma enorme capacidade de nos tocar, como se o outro pudesse pensar em cada ser da face da terra ao fazer qualquer coisa, mas sempre vamos achar que aquilo, ou isso foi com a intenção de nos tocar, nos alcançar, nos ferir.