LEVAR A VIDA COM LEVEZA

Após uma semana de trabalho, chegamos na sexta-feira, final de tarde.  Estou em casa, e após um confortante banho, desta vez não coloco a costumeira bermuda, mas um agasalho. O frio já chegou por este torrão de chão aqui do Sul, inclusive as primeiras geadas já pincelaram os campos de branco. Penso eu e acredito ser isto verdade, que estar em casa, tomar um banho quente, é sem dúvida uma dádiva, sou grato a Deus por isto.

                                                         

Dirigindo-me a cozinha, passo pela sala onde de costume fica meu violão, literalmente ouço um “OI”, simplesmente um “OI”, respondo: “OI, Amigo, daqui um pouco  conversamos".  

                                                            

Não demorou e cá estou eu próximo ao fogão à lenha (nós aqui em casa não abrimos mão de dele no frio, embora haja outros meios mais modernos de aquecimento), degustando um vinho português lantejano, rose seco, presente de meu irmão.  Neste instante recordo do que bem disse o cronista Dartaganan Ferraz em uma de suas bem lançadas crônicas, “devemos nos distrair para não encucar, não desesperar, temos que sonhar e pensar no amor". Eu acrescento ainda:  “cantar”.  Como disse certa vez um pensador: “A leveza da alma floresce o nosso coração, colore os nossos olhos e dá asas aos nossos pés”.

Por isso eu canto: “{Eu vejo as árvores verdes}, {Rosas vermelhas também}, {Eu as vejo florescer para mim e para você}, {E penso comigo, que mundo maravilhoso}" - What a Wonderful World.