Além da Semana Nacional de Museus
Navega-se além da Semana Nacional de Museus, cogitando-se a dinamização de verdadeiros museus urbanos, concentrados nas mimosas cidades interioranas, a exemplo de Areia, Pilar, Mamanguape e Bananeiras, sobre o que ainda temos muito a contar. E nesse sentido, lá vem o precioso IPHAEP, responsabilizando-se, em nome do Governo, de proteger esses históricos logradouros, através de uma dinâmica política em prol da criação de centros históricos. Admoeste-se que as cidades históricas são, universalmente, a atração do turismo de excelência, e não aquele de viajar para comprar, comprar e depois pagar, em moeda ou em não uso daquilo que foi perdulariamente comprado.
Timoneando a política cultural para o vasto interior do Paraíba, o Governo João Azevêdo, com discernimento e responsabilidade cultural e, consequentemente social, volta-se aonde mais se vivencia a endocultura ou a cultura in group, adequadamente aquela que, ab origine, propaga-se, espontaneamente, a partir da família, dos primeiros grupos da sociabilidade infantil, na escola, fora de casa, na rua, nas praças, nos bairros e nas coisas da paróquia.
Quarta-feira, Janete Rodriguez, do Museu Casa de José Américo, da FCJA, bem ladeada pelos museólogos Diógenes Chaves e Chico Pereira, abriu a Semana Nacional de Museu, ela que tem sido corpo e alma, anualmente, desse evento na Paraíba. Janete discursou, de modo profundo, extensa definição do significado do Museu. Sobretudo, nos dias de hoje, como a força e reforço da Memória, tornando-se mais coisa do presente e do futuro do que do passado. Nesse sentido, João Azevedo, não obstante os obstáculos da pandemia que nos internou, num isolamento social, lança com coragem a criação de dois museus. O primeiro, Museu da Cidade de João Pessoa; e o segundo, o Museu do Estado, a funcionar no Palácio da Redenção. A pandemia virótica não só obstaculiza, mas interrompe e retarda a abertura desses museus. Ela está aí como ondas gigantes contra quem deseja navegar. E quando se pensa que ela se desmanchou como a do mar na areia da praia, ela reaparece, pelo infernal contágio. Nesse contexto, também outros empreendimentos culturais se raleiam, disciplinando contagiados contagiantes, e também, para oferecer maior estrutura à saúde pública, curando a população. O que escapa acontece via virtual. Por analogia, as altas ondas parecem não terminar, contudo, o promissor é que temos praia e mar, e um exímio timoneiro para navegar, que reza as palavras do general Pompeu aos romanos: “Navegar é preciso”; então as hostes se resignavam de “viver” em Roma, à busca de trigo no além mar, navegando.
Alois Riegl, já há um século, teorizava esses valores, enfatizados por Janete. E na sua obra O Culto Moderno dos Monumentos, ao abordar esses valores, não nega, contudo, a exigência de outras aspirações, que podem coexistir com essas que mais importam. Mas, essa sensibilidade e consciência cidadã do patrimônio histórico e cultural, de alto interesse da memória coletiva, evitam a destruição das ruas, das praças e coretos, dos monumentos e das coisas históricas, insubstituíveis, mesmo não atendendo a pretexto individual, de consciência irrefletida, equivocada, de má fé, contra a memória e os reais valores contemporâneos, de todos e de cada um de nós.
Navega-se além da Semana Nacional de Museus, cogitando-se a dinamização de verdadeiros museus urbanos, concentrados nas mimosas cidades interioranas, a exemplo de Areia, Pilar, Mamanguape e Bananeiras, sobre o que ainda temos muito a contar. E nesse sentido, lá vem o precioso IPHAEP, responsabilizando-se, em nome do Governo, de proteger esses históricos logradouros, através de uma dinâmica política em prol da criação de centros históricos. Admoeste-se que as cidades históricas são, universalmente, a atração do turismo de excelência, e não aquele de viajar para comprar, comprar e depois pagar, em moeda ou em não uso daquilo que foi perdulariamente comprado.
Timoneando a política cultural para o vasto interior do Paraíba, o Governo João Azevêdo, com discernimento e responsabilidade cultural e, consequentemente social, volta-se aonde mais se vivencia a endocultura ou a cultura in group, adequadamente aquela que, ab origine, propaga-se, espontaneamente, a partir da família, dos primeiros grupos da sociabilidade infantil, na escola, fora de casa, na rua, nas praças, nos bairros e nas coisas da paróquia.
Quarta-feira, Janete Rodriguez, do Museu Casa de José Américo, da FCJA, bem ladeada pelos museólogos Diógenes Chaves e Chico Pereira, abriu a Semana Nacional de Museu, ela que tem sido corpo e alma, anualmente, desse evento na Paraíba. Janete discursou, de modo profundo, extensa definição do significado do Museu. Sobretudo, nos dias de hoje, como a força e reforço da Memória, tornando-se mais coisa do presente e do futuro do que do passado. Nesse sentido, João Azevedo, não obstante os obstáculos da pandemia que nos internou, num isolamento social, lança com coragem a criação de dois museus. O primeiro, Museu da Cidade de João Pessoa; e o segundo, o Museu do Estado, a funcionar no Palácio da Redenção. A pandemia virótica não só obstaculiza, mas interrompe e retarda a abertura desses museus. Ela está aí como ondas gigantes contra quem deseja navegar. E quando se pensa que ela se desmanchou como a do mar na areia da praia, ela reaparece, pelo infernal contágio. Nesse contexto, também outros empreendimentos culturais se raleiam, disciplinando contagiados contagiantes, e também, para oferecer maior estrutura à saúde pública, curando a população. O que escapa acontece via virtual. Por analogia, as altas ondas parecem não terminar, contudo, o promissor é que temos praia e mar, e um exímio timoneiro para navegar, que reza as palavras do general Pompeu aos romanos: “Navegar é preciso”; então as hostes se resignavam de “viver” em Roma, à busca de trigo no além mar, navegando.
Alois Riegl, já há um século, teorizava esses valores, enfatizados por Janete. E na sua obra O Culto Moderno dos Monumentos, ao abordar esses valores, não nega, contudo, a exigência de outras aspirações, que podem coexistir com essas que mais importam. Mas, essa sensibilidade e consciência cidadã do patrimônio histórico e cultural, de alto interesse da memória coletiva, evitam a destruição das ruas, das praças e coretos, dos monumentos e das coisas históricas, insubstituíveis, mesmo não atendendo a pretexto individual, de consciência irrefletida, equivocada, de má fé, contra a memória e os reais valores contemporâneos, de todos e de cada um de nós.