GÁS UM DILEMA
GÁS UM DILEMA
“A crise do gás pode gerar complicações para o país e a população consumidora do produto. A falta de gás também está refletindo na mente das autoridades brasileiras, estão respirando crises, pois o gás dos pulmões se torna escassos a cada dia que passa.” ( Antonio Paiva Rodrigues).
O centro coronário brasileiro começa a palpitar por excesso de adrenalina e escassez de gás. É uma situação calamitosa e vexatória. A coadjutora que se denomina Petrobrás está com falta de ar, isto é com falta de gás. Enquanto a anomalia toma conta do País, o preço do gás já ultrapassa o do álcool. Nesse país de meu Deus quem pensa em fazer economia são crucificadas várias vezes. Será que essa crise pode ser sinonímia de amesquinhagem? A preocupação, a ânsia e o nervosismo começam causar anomalias no aparelho genésico do povo brasiliano. Os alicerces psicológicos estão abalados e deteriorados. Além de problemas internos de grave monta temos que nos familiarizar com problemas políticos e de marginalidade social. É duro viver num país sem controle em que as irregularidades são desprezadas e que a única ambição da maioria dos governantes é com o vil metal. Enquanto, Brasil e Bolívia tentam medir forças a sociedade sofre horrores com a crise. A recente nacionalização das áreas de petróleo e gás na Bolívia fomentou o debate sobre a política energética do Brasil. Após o anúncio do governo boliviano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o governo brasileiro cometeu um erro estratégico no passado ao tornar o país extremamente dependente do gás boliviano.
Especialistas também acreditam que a dependência do Brasil de um recurso estrangeiro foi um equívoco e é resultado direto de baixos investimentos na produção doméstica. "Erramos em não buscar aumentar a produção brasileira de gás e admitir outras hipóteses, como investimentos em fontes alternativas de energia"; acredita o professor da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Luiz Pinguelli Rosa. “Para ele, faltou para o “Brasil “ a elaboração de uma política energética”. Senhor Pinguelli falta ao Brasil muita coisa e a principal delas é vergonha na cara de muitos políticos brasileiros. Além da vulnerabilidade que a dependência de uma fonte de energia externa gera, o professor explica que "as condições do contrato (do gasoduto) eram absurdas". De acordo com ele, uma das cláusulas do contrato chamada take and pay (pegue e pague tradução livre) foi extremamente danosa ao país, pois determina que o Brasil pague pelo valor de uma possível demanda de pico de gás. "Não interessa quanto consumimos, porque pagamos pelo pico. Por exemplo, se recebemos 18 milhões de metros cúbicos de gás, iremos pagar por 25 milhões, que é o pico que foi estabelecido", explica. Para Vidal, FHC fez essa escolha para o país porque tinha compromisso "com corporações transnacionais na internacionalização do problema energético brasileiro". Vergonhosa e dolorosa a atitude que tomou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ação dolosa com certeza. Na anencefalia do presidente atual a crise pode tomar proporções drásticas, pois Venezuela e Bolívia querem ser - as potências da América do Sul, deixando Brasil e Argentina para trás. Cuidado seu Lula, agir enquanto é tempo, pois deixar para depois será tarde demais.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E ALOMERCE