Pazuello na CPI
Curioso o depoimento de Pazuello à CPI. Ele não se valeu do direito de permanecer calado, concedido pelo STF, nem tampouco respeitou as determinações de Lewandowski, para não mentir. Ao contrário, sempre tentando blindar Bolsonaro sem se incriminar, a excelência, no jargão parlamentar, "faltou com a verdade" em vários questionamentos. Nos outros, ou foi evasivo, ou passou adiante as responsabilidades que lhe eram atribuídas e, mesmo depois de várias de suas falas serem confrontadas por documentos e fatos, a opinião corrente é de que foi útil o treinamento recebido no tempo ganho pela alegada suspeita de novo contágio pela COVID.
Com a sessão suspensa pela Ordem do Dia no Senado, o depoente juntou-se a senadores governistas, dentre eles, o zero um, que entrou no plenário escoltando o ex-ministro e postou-se como seu guarda costas. Todo esse zelo visa manter fiel ao presidente, o general especialista em logística que, em dez meses, ciceroneou o país, de menos de 16 mil para mais de 280 mil mortes na pandemia.
Ainda no intervalo da sessão parlamentar, o militar sentiu-se mal e, como faltavam 23 dos 27 inscritos para falar, ela foi interrompida e será retomada hoje, favorecendo também a Capitã Cloroquina, cuja arguição deve ser adiada, dando-lhe a oportunidade de se preparar melhor, inclusive, para se defender das acusações do ex-chefe.
Enquanto isso, a pandemia segue matando ou sequelando as pessoas, destruindo a economia e nos impedindo de coisas simples como um abraço amigo.
Duvido que essa comissão consiga punir os culpados. Talvez, sequer abale o eleitorado do genocida para 2022. Esperava, porém, que a péssima gestão da crise, exibida assim, aos holofotes, o forçaria a mudar de postura, revertendo as previsões de que chegaremos a quase um milhão de mortos com a terceira onda que se avizinha.
Já vi que não, não sou idiota, ao contrário do que diz o excelentíssimo daqueles que, como eu, seguem em casa, evitando tornar-se parte do problema e, mais ainda, das estatísticas.
Texto publicado na minha coluna semanal do jornal Alô Brasília.
Veja no jornal acessando:
http://alo.com.br/impresso/qui-20-05-2021/
Estou na página 8, Vida e Lazer.
Também pode ser lido na minha coluna online
https://alo.com.br/pazuello-na-cpi/
Com a sessão suspensa pela Ordem do Dia no Senado, o depoente juntou-se a senadores governistas, dentre eles, o zero um, que entrou no plenário escoltando o ex-ministro e postou-se como seu guarda costas. Todo esse zelo visa manter fiel ao presidente, o general especialista em logística que, em dez meses, ciceroneou o país, de menos de 16 mil para mais de 280 mil mortes na pandemia.
Ainda no intervalo da sessão parlamentar, o militar sentiu-se mal e, como faltavam 23 dos 27 inscritos para falar, ela foi interrompida e será retomada hoje, favorecendo também a Capitã Cloroquina, cuja arguição deve ser adiada, dando-lhe a oportunidade de se preparar melhor, inclusive, para se defender das acusações do ex-chefe.
Enquanto isso, a pandemia segue matando ou sequelando as pessoas, destruindo a economia e nos impedindo de coisas simples como um abraço amigo.
Duvido que essa comissão consiga punir os culpados. Talvez, sequer abale o eleitorado do genocida para 2022. Esperava, porém, que a péssima gestão da crise, exibida assim, aos holofotes, o forçaria a mudar de postura, revertendo as previsões de que chegaremos a quase um milhão de mortos com a terceira onda que se avizinha.
Já vi que não, não sou idiota, ao contrário do que diz o excelentíssimo daqueles que, como eu, seguem em casa, evitando tornar-se parte do problema e, mais ainda, das estatísticas.
Texto publicado na minha coluna semanal do jornal Alô Brasília.
Veja no jornal acessando:
http://alo.com.br/impresso/qui-20-05-2021/
Estou na página 8, Vida e Lazer.
Também pode ser lido na minha coluna online
https://alo.com.br/pazuello-na-cpi/