JESUS PRA MIM
Passei a infância ouvindo minha mãe contar que só eu da família tenho Jesus no meu nome porque Jesus é meu padrinho de representação.
E ela contava suas histórias e falava do quanto Jesus é maravilhoso e de como e por que ela o escolheu como meu padrinho.
Eu ficava deslumbrada com aquele padrinho tão especial que estava no meu nome, cheguei a vê-lo uma vez e ele "me curou" quando eu estava doente porque apareceu no meu sonho, me benzeu e brincou comigo.
Mas quando, aos 14 anos, fui ler a bíblia para conhecer melhor e ver mais ainda do quanto meu padrinho é especial, fiquei MUITO decepcionada.
Jesus trata mal a própria mãe!
Esse foi o fato que mais me chocou e que me levou a reparar nos outros e a deixar de considerar Jesus como meu padrinho e, principalmente, de me sentir especial por isso.
Demorei muitos anos, li muitos livros e li a bíblia mais uma vez, aos 30, antes de me tornar ateia.
Mas para descartar a bíblia como livro sagrado, o deus que aparece nela como existente e Jesus como uma pessoa melhor do que todas as outras bastou uma leitura.