Qual mãe ou pai nunca se irritou com os filhos?
Nesse período de pandemia que as pessoas se encontram privadas de ir e vir quando quiserem , quer seja por força de decreto, quer seja por força de necessidade financeira, as chances dos pais se irritarem e serem até injustos com seus filhos é muito grande.
Nesse momento, é preciso refletir antes de punir, porque às vezes a condição mental dos pais, seus dilemas, seus sentimentos de "mãos amarradas" diante de tantas coisas para resolver, podem se transformar em uma lupa em que pequenos erros ganham proporções muito maiores do que, de fato, têm. Portanto, faz-se necessário que os pais antes de punirem, respirem fundo, orem por uns segundos pedindo sabedoria a Deus e analisem a intenção, o nível de maturidade, considerando que nem sempre eles, os filhos, têm idade para pensar nas dimensões e consequências dos seus atos. A educação dos pais para os filhos é muito importante, mas educação não é sinônimo de punição. Uma criança que apanha porque riscou um carro, ou uma parede, deve ser vista não como um pequeno vândalo que pixou ou destruiu um patrimônio. Os pais, antes de punirem, castigarem seus filhos devem pensar que as marcas numa parede ou num carro podem sair, mas a marca na memória, na alma, por vezes nunca se apagam. As crianças querem muitas vezes impressionar seus pais, mas é como os pais vão reagir que vai fazer a diferença, porque a alegria da criança pode se converter num sentimento de injustiça da parte dos pais e tristeza, uma vez que a ideia era agradar, ou simplesmente, não tinha ideia nenhuma, foi apenas uma criança sendo criança. Do mesmo modo, mais adiante estão os adolescentes que, nesse misto de ser criança e ser adulto, são punidas como adultas, especialmente, pelas palavras dos pais.
A educação, por vezes, se manisfesta em atos que vão na contra-mão do que se esperava. Há muito mais ensinamento em pôr o filho para trabalhar e pagar a bicicleta ou o celular que ele tenha quebrado de alguém, mesmo que acidentalmente, como também há muito mais ensinamento em pôr o filho para juntar todos os pedaços de papel que tiver espalhado pela casa, do que em chamá-los de bagunceiros, irresponsáveis ou inconsequentes, por exemplo, ou ainda lhes dar algumas cintadas.
Com isso, reforça-se que os pais devem, sim, ter pulso firme com os filhos. Amar não é passar a mão na cabeça ou fingir-se de cego para os erros deles, assim como ser pai e mãe não é ter passe-livre para descarregar suas frustrações, seu estresse sobre os lombos dos filhos mediante seus erros. Além disso, é preciso reconhecer quando se precisa de ajuda médica, pois excesso de irritação por pequenas coisas podem significar algum problema de saúde, como depressão que, embora, a maioria das pessoas costumem associar apenas à tristeza, têm sim sintomas de irritabilidade exarcebada, ou outra questão de saúde de que quase não se ouve falar que é o mal humor crônico. Esses são apenas alguns exemplos.
Contudo, de tudo o que mais se precisa para ser pai e mãe de verdade, precisa-se de um Norte, a esse norte podemos chamar de Espírito Santo de Deus, a fim de sermos ajudados em conselhos e domínio próprio para lidarmos com nossos filhos.