O GRANDE.
A bem pouco eu era um bebê, seguro, que muitos riram comigo ou me fizeram sorrir. Hoje me impacienta a debilidade do riso infantil.
Deixei de ser um bebê e logo passei a ser criança. Penso que devo ter sido criança chorona, visto que não tolero as lágrimas, nem mesmo as de minhas crias. Compraz-me minha sequidão.
Segui crescendo me transformei num jovem vigoroso, correspondente, cada dia de minha juventude vivi em sua plenitude. Fui aventureiro, destemido e ousado, não fui simples acaso da sorte.
Tornei-me homem experiente. Maduro, vejo que, o título “O Grande”, casa-se perfeitamente comigo. Mas que não me cobrem, pois assumi não ser exemplo para nada. Entretanto, a minha competência me permitiu ser: o melhor; o melhor educador, o melhor pai, o melhor amante, o melhor observador, o melhor critico, e, o mais criterioso deles.
Branquearam-se meus cabelos, no entanto, dilatou-se ainda mais a minha razão.
Bebo constantemente na mesma fonte dos grandes filósofos, reflexiono tal qual eles todo o tempo. O que me dá plena convicção de seguir na direção escolhida.
Solitário, excêntrico, egoísta, presumido...
Tudo e muito mais dizem de mim.
Porém, apenas deixo o meu silêncio, de grande pensador, como resposta, não devo perder-me em banais discussões. A final eu sei com segurança quem sou.
Ademais, sentimentos são efemeridades dos vulgos, frescuras dos fracos, tolices de mulher.
E eu,...
Eu sou um vencedor – O Grande.