Mel - Um Pequeno Favo de Mel
Há quem diga “que as coisas simples, são as maiores coisas da vida”! Creio nesta assertiva, pois eu e minha família assim constatamos. Tudo começou quando minha esposa resolveu dar de presente um cãozinho para a nossa filha.
Na busca do objetivo, fomos até um canil e após informar a proprietária de nossa intenção, ela nos apresentou uma bela ninhada de filhotes. Eram seis no total da raça Lhasa Apso, todos realmente muito bonitos. Após uma observação cuidadosa minha esposa disse: “Gostei desse aqui". Era um macho. Naquele exato momento percebi quando uma fêmea, bem gordinha, parecida com uma “bola de neve”, rapidamente levantou a cabeça como quem diz: “O quê!? Ela não me escolheu, eu sou mais bonita”. Minha esposa, no entanto, estava firme, reforçou sua decisão: “Este cachorrinho é muito bonito". Novamente notei que aquela fêmea baixou a cabeça como dizendo: “perdi". Mas não demorou, ela não desistiu levantou a cabeça e com um olhar meigo e profundo parecia falar como que meio chorosa: “ela devia ter m escolhido, me escolha, me salva". Confesso, simpatizei com aquela “bolinha de neve”, ela não parava de olhar. Acabei lembrando daquela música que em determinada parte da letra diz: “do jeito que você me olha, vai dar namoro, do jeito que você me olha, vai dar namoro..." Kkkk. Voltamos para casa e ficamos de ir buscar o “cachorrinho” na outra semana, a proprietária do canil nos disse que precisaria aguardar uma semana, pois tinha que aplicar as vacinas necessárias aos filhotes. Ficamos de retornar no próximo sábado.
Durante a semana, fiquei pensando como convencer minha esposa a pegar aquela “bolinha de neve”, vez que outra dizia: “sabe aquela gorducha, ela é muito bonita". Chegou um momento em que minha esposa, certamente já cansada de ouvir, disse: “está bem, convenceu-me. Vamos ficar com ela". Fiquei satisfeito, pois tinha certeza que nossa filha haveria de gostar dela. Ficamos torcendo que ela não tivesse sido vendida a outro interessado até nosso retorno ao canil. No dia marcado lá fomos nós, chegando imediatamente indagamos a proprietária: “Venderam ou não aquela gordinha?”. Ela respondeu: “Não”. Minha esposa então disse: “Ainda bem, chegamos a tempo é com ela que iremos ficar".
Acertei na mosca, minha filha gostou muito dela, me deu o privilegio de escolher o nome, escolhi chamá-la de “Mel”. A verdade é que isto aconteceu já há quatro anos, hoje a mel passou a ser a alegria de toda a família, ela é uma pequena e ao mesmo tempo grande animal, oferece carinho a todos sem nada pedir em troca. Aliás, troca só uns petiscos... kkkkk. A verdade é que este animalzinho, de uma coisa simples passou a ser algo muito importante para todos nós. A pequena “Mel” não é só “MEL”, ela é verdadeiramente o “Favo do Mel".