AFINAL, O QUE É NECESSÁRIO PARA ACABAR COM A "VAGABUNDAGEM" NO SENADO FEDERAL DO PAÍS?

quinta-feira, 13 de maio de 2021

Ontem o país estarreceu-se com o comportamento do Senador Renan Calheiros na condução dos trabalhos da CPI da Covid 19, ao vê-lo bradar ao depoente Fábio Wajngarten que o prenderia por não colaborar com o que eles andam pretendendo fazer que é tão somente comprometer o Presidente Bolsonaro na condução da política de enfrentamento ao corona vírus.

Nesse episódio o surpreendente foi ver o Senador Flávio Bolsonaro manifestar-se de seu lugar, protestando contra aquele senador, mas de uma forma pra lá de contundente quando indagou se o mesmo possuía condições morais para aquela decisão, acusando-o abertamente de ser um "vagabundo", segundo suas próprias palavras.

Para quem acompanha os acontecimentos nesse país, principalmente os que envolvem a política e a justiça, possui enorme conhecimento dos mais de uma dezena de inquéritos/processos que responde o Senador Calheiros, por crimes de várias origens. Ele está altamente comprometido com corrupção, bem como muitas outras mazelas.

Então, como é que um cidadão comum, em pleno gozo de seus direitos constitucionais, pode encarar essa situação? Ver em pleno salão do Senado Federal dois senadores da república acusarem-se de "vagabundagem e roubo" em seus próprios desempenhos naquela casa?

A gravidade disso é tanta que não se pode ter em conta de que a situação que o país atravessa é natural. E quando se vê que o próprio Supremo Tribunal Federal, STF, ser acusado por muitos de ter em seus quadros ministros que fogem à plenitude de seus desempenhos com relação a obedecer a nossa própria Constituição Federal.

Mas a nação também já assistiu por diversas vezes alguns daqueles ministros ofenderem-se mutuamente em plenas sessões em que atuavam em julgamentos. E uma dessas discussões envolveram o ex-Ministro Joaquim Barbosa e o Ministro Gilmar Mendes. E as ofensas foram pesadas e denegriram a imagem do segundo.

Como o STF é a última instância jurídica nesse país, fica difícil ver-se nesses casos alguma providência contra eles. Sendo que tal tarefa cabe ao Senado Federal mas parece que este está totalmente desligado de suas funções para tais casos. Há quem ventile que as mazelas de muitos senadores os impedem de tomar certas medidas, tornando assim as coisas totalmente indefinidas e indecifráveis no tocante aos maus atos dos membros do STF.

Tudo isso nos faz crer que estamos numa situação periclitante no que tange à decência, legalidade e correção. Daí que só uma alternativa última: que as Forças Armadas entrem nesse circuito para por ordem no país. E, pelo que parece, esta é uma situação sine qua non.