Cloroquina e Exército
QUANDO passo a vista no noticiário quase não me surpreendo. Nessa pandemia e crisa política o noticiário virou um samba de uma nota só. Cansa ficar lendo e ouvindo a mesma música triste e deprimente.
Mas às vezes me espanto.Juro. Foi o que aconteceu (não, não foi o churrasco com peça de picanha de mil e oitocentos reais o quilo, dado pelo presidente). Foi uma notícia dada por vários órgãos de imprensa (Globo, Extra, UOL, DCM): o laboratório químico do Exército que produz remédio para uso dos transplantados (Micofenolato de Sódio) reduziu em um terço a sua produção para produzir Cloroquina. Existiria milhões de comprimidos estocados. Detalhe: sabia-se que essa droga não iria servir para o tratamento da Cloroquina, segundo as autoridades médicas e a OMS. Resultado: o Exército foi usado para atender um capricho e absurdo do governo. Um instituição de Estado sendo desviada de uma das suas funções para prejudicar transplantados. Há outra leitura?
Uma pergunta não pode calar: a CPI da pandemia vai chamar o Comandante do Exército para explicar esse absurdo? Tem que chamar.
Deviam poreservar o Exército de vexames. Inté.