O GRANDE DESACERTO DO "G" COM "J"
Havia um tumulto muito forte na porta da delegacia. Reticências, interrogação, modo verbal subjuntivo se sentiam ilesos, ambos eram as vítimas. As letras “G” e “J” eram os réis. Ilustríssima Língua Portuguesa convocou-as para depor.
O ponto de exclamação, o modo verbal indicativo, assim como a torcida da semântica se destacavam na entrada da delegacia.
Sr Homônimo e Sr Parônimo entravam em discussão:
— Quem é o G? Quem é o J?
Ao amparo da Dona Ortografia e Dona Fonologia, Ilustríssima Língua Portuguesa respondia:
A cidadã G é a sétima letra do alfabeto português. Como Cidadã do nosso país, tem o dever de: “ser usado nos substantivos com final: agem, igem e ugem; nas terminações ágio, égio, ígio, ógio e úgio; nos verbos concluídos em ger e gir e nas palavras derivadas de outras que já contém a letra “G”. Já a cidadã J: nas origens das palavras indígena, africana ou árabe, nos términos dos verbos jar e nas palavras derivadas de outras que já contém a letra “J”. Assim, respeitando as demais ocasiões tornam-nas livres por aqui.
Durante a pronúncia da Ilustríssima Língua Portuguesa todos os presentes permaneceram calados. A Ilustríssima Língua Portuguesa aproveitou para apresentar uma ressalva: Para as demais dúvidas o único caminho a distingui-las é a leitura. Uma boa leitura de livros, jornais e outras fontes promovem o enriquecimento do vocabulário e amplia o conhecimento sobre tudo que nos rodeia.