Repercussão da "Operação Exceptis" no Rio de Janeiro

Após a Polícia Civil carioca ter recebido várias denúncias de que traficantes locais estavam cooptando crianças e adolescentes para integrarem aquela facção que domina a comunidade do Jacarezinho, a coordenação da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, contando com o apoio do Departamento Geral de Polícia Especializada, do Departamento Geral de Polícia da Capital e da Coordenadoria de Recursos Especiais, resolveu deflagrar a denominada "Operação Exceptis", que culminou com a morte de 29 pessoas, sendo; 1 policial e 28 suspeitos de serem criminosos...

“Esses criminosos exploram práticas como o tráfico de drogas, roubo de cargas, roubos a transeuntes, homicídios e sequestros de trens da Supervia, entre outros crimes praticados na região”, foi o que disseram as autoridades envolvidas nesse sinistro episódio...

Mas certamente que foi por não acreditar nisso que o Observatório dos Direitos Humanos do CNJ solicitou que a Defensoria Pública do Rio de Janeiro, assim como o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e a Ordem dos Advogados do Brasil promovessem uma ampla e transparente investigação sobre os possíveis abusos e violações de direitos cometidos pelos policiais nessa operação, exigindo até mesmo a "URGENTE OBRIGAÇÃO DE O ESTADO DO RIO DE JANEIRO INDENIZAR OS PARENTES DOS ASSASSINADOS"... ( Pode isso, Arnaldo??? )

Infelizmente não 'observamos' esse mesmo interesse ora demonstrado por esse tal 'Observatório', nos diversos casos em que tantos inocentes, principalmente mulheres e crianças têm sido alvos constantes dessas chamadas 'balas perdidas', que costumeiramente costumam sair justamente das armas desse trastes... Por que será hem?

Será porque 'a morte desses ignotos inocentes não dá IPOBE'?

E o que será que eles têm a dizer sobre aquele vídeo que está circulando por aí, intitulado: “Estes são os que choram pelos criminosos mortos no Jacarezinho”, onde em uma entrevista ao RJTV da Rede Globo aparece uma mulher aos prantos, chorando a morte do seu 'filhinho querido' que foi morto pela polícia nessa operação, enquanto que em uma outra gravação ela aparece ao lado dele dançando toda feliz empunhando um fuzil?

Será que essa 'pobre e sofrida mãe' está contando com essa urgente indenização ora pleiteada por esse 'Observatório' para poder comprar um novo fuzil, já que aquele que ela portava deve estar hoje fazendo parte daquele verdadeiro arsenal que a polícia apreendeu nas mãos daqueles criminosos?

Creio que as respostas à esses "serás?" jamais nos serão dadas...