A sua bênção, Mamãe!

No domingo, na segunda, na terça... todo dia é dia das mães., merecedoras de todo carinho, afeto, amor, consideração e, principalmente, da nossa presença constante, mesmo depois de desmamados.

No seio materno, na tenra idade e quando crianças e adolescentes, estamos grudadinhos com a nossa mãe, na barra da saia, tempo integral, consumindo todos os ensinamentos, que nos serão úteis para a vida inteira. É a fase do aprendizado. Época em que temos a oportunidade de, em todos os dias, beijar-lhe a mão e pedir: “Bénção, Mamãe”; e ouvir de volta: “Deus o abençoe, meu filho”. São palavras robustas e que ficam esculpidas em nossa memória infinitamente.

Isso revela convivência saudável, crença religiosa e principalmente respeito ao próximo, que geram em nós uma intensa satisfação espiritual, preenchendo as nossas necessidades, que serão entendidas com mais clareza, de forma correta, quando estivermos abençoando nossos filhos e netos.

Mesmo nessa nova etapa da vida, continuemos a dedicar o tempo necessário a quem nos deu à luz e nos criou, para uma boa conversa sobre o assunto que seja. Falar sobre a saúde, os negócios, ouvir rádio, assistir a bom filme ou programa de TV, falar sobre o calor, a chuva, contar causos de antigamente e falar sobre os acontecimentos nesse velho mundo de Deus.

É o momento de escutar e acolher os conselhos e, logicamente, se fartar com as delícias preparadas por uma autêntica mestra na cozinha, digna de nota dez. Iguarias variadas, salgadas ou doces, com uma mestria incomparável. É a bacalhoada da sexta-feira santa, a sopa de legumes quentinha para os dias mais frios, o famoso bauru caprichado, sem contar o campeoníssimo, “petit carré”, meu doce preferido, que só ela sabia fazer e, por isso, ficará na lembrança eternamente.

Há pouco mais de dois anos, ela seguiu para a sua nova morada, lá no céu, deixando exemplos formidáveis, de luta e trabalho, de uma mulher guerreira, muita fibra, admirável sabedoria, pensamentos modernos, um anjo bom, de paz, doçura e amor.

Será sempre lembrada e homenageada, hoje e em todos os instantes. E, como faço em todos os dias, aqui também eu lhe peço solenemente: “Bênção, Mamãe!” e, com certeza, ela responderá: “Deus o abençoe, meu filho!”.

Adamar Gomes (9 MAI 2021)