Mãe! Te peço. onde estiveres, continua segurando minhas mãos

Mãe! Te peço, onde estiveres, continua segurando minhas mãos

Luiz Alberto Silveira

Mãe, sempre soubestes fazer o necessário quando necessário era. E necessário foi que me mostrastes todos os caminhos que te transformaram em minha heroína, minha protetora, minha segurança, minha saudade que nunca se acaba, minha lembrança que nunca esquece. Me ensinastes que existe hora de calar e hora de falar, de nunca desistir dos meus sonhos, de ser perseverante, ser honesto,

tolerante, bondoso. Assim tu eras minha mãe e me fizestes entender que eu deveria ser assim com meus filhos. Assim fui e sou, e assim tornei-me um homem feliz e tu sabias disto e nisto me fizestes acreditar. Obrigado por teres vibrado com meus sucessos, por teres sentido minhas dores e medos e os curados com tuas palavras de conforto, de apoio, de esperança. Obrigado por tuas orações por mim. Quanto amor me tinhas minha mãe. Mãe, estou mais velho e um pouco cansado e sinto falta do teu colo, tenho necessidade de ti do mesmo jeito de quando era criança, quando me seguravas pela mão e me levavas à escola ou a passear. Hoje eu sinto como era bom, como era forte sentir-te guiando meu caminho. Hoje, mãe, eu não sei o que faria para ter novamente tuas mãos segurando minhas mãos e dizendo:

“Cuidado com a estrada meu filho, ela tem pedras e é escorregadia”. Eu não tinha medo da estrada mãe, nem das pedras, nem de escorregar, pois tu estavas segurando minhas mãos. Eras minha maior torcedora e tua torcida me empurrava para frente porque me davas coragem, me estimulavas com tua energia de mãe. E, saibas minha mãe, alcancei com tua energia, encantamentos pela vida, pelo respeito, pela ética, pela justiça e pelo saber amar. Estes eram teus traços marcantes, minha mãe. Hoje quando tenho medos por minha família, pelos caminhos da minha sociedade, vejo que preciso de ti, preciso muito de ti, mãe.

Quando te contestava em algo, me olhavas com suave sorriso e eu entendia que inhas razão. Suportavas a inquietude quando eu tinha que passar por sofrimentos (necessários) por não seguir teus conselhos. Caminhamos por muitas estradas olhando-nos nos olhos com prazer, respeito e amor. Tenho saudades de quando, deitado, vinhas cobrir-me com o lençol e cobertor e encomendavas que eu dormisse na paz dos anjos e que me protegessem. Daí eu sentia teu beijo suave em minha

fronte e depois o apagar da luz do quarto. Quão doce e quanta paz tinham estes momentos minha mãe. Sabias esbanjar sorrisos e esconder as lágrimas nos teus profundos silêncios, pensando na segurança dos teus filhos. Obrigado, por teres combinado com Deus a oportunidade de seres minha mãe. Partistes de minha vida, mas nunca saístes da minha mente e do meu coração. Obrigado, muito obrigado, e onde quer que estejas, te desejo um feliz Dia das Mães. Até logo mãe.