De repente...

De repente hoje já é ontem e o amanhã já chegou.

De repente os tons do céu se ( con) fundem entre amanhecer e tornar a entardecer.

De repente o aconchego e a alegria da casa dos avós já é saudade permeada de tons já desbotados da memória .

De repente olhamos para o futuro que seria distante e ele está bem ali na nossa frente a poucos passos dos ponteiros inquietos dos dias.

De repente a vida que tínhamos" toda pela frente" , já não parece tão plena assim, talvez fragmentos do que nos falte na agenda Divina.

Como na linda música Poema composta por Frejat e Cazuza e impecavelmente interpretada por Ney Matogrosso " de repente, a gente vê que perdeu ou está perdendo alguma coisa morna e ingênua, que vai ficando no caminho que é escuro e frio, mas também é bonito porque é iluminado pela beleza do que aconteceu há minutos atrás".

De repente, não mais que de repente ...

Márcia Barcelos
Enviado por Márcia Barcelos em 07/05/2021
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