A escada da vida
A vida é uma escadaria.
Sob essa perspectiva é um sobe e desce sem parar.
Em certas ocasiões a multidão desce por ela apressada, preocupada, aos prantos. Em outras, a subida é só alegria, júbilo.
Num país como o nosso o sobe e desce não e uma rotina habitual. A maioria, base da pirâmide, quase não se move. Está mais fácil a classe média cair do que o pobre subir.. O rico parece intocável.
O Brasil está praticamente parado. Difícil entender quando a gente vê tudo funcionando. E' um equilíbrio estático. Tudo continua funcionando, as empresas, os órgãos estatais, os pequenos e grandes negócios etc., mas o país não progride. Com a pandemia, subestimada pelos nossos governantes, está até andando para trás.. Éramos a sexta economia mundial, agora somos a décima segunda.
E' como num cabo de guerra, estão todos puxando, porém ninguém sai do lugar. Pense numa esteira elétrica. Você anda, anda e até corre, mas está sempre ali, no mesmo lugar. São mais de treze milhões de desempregados e esse número já se mantem ha pelo menos cinco anos ou mais. Vamos chamar esse fenômeno de estagnação.
Resultado da corrupção. O Brasil é governado por facções criminosas infiltradas no meio político em todos os setores da vida nacional. Por outro lado esse círculo vicioso mantém o esquema brasileiro que funciona a anos.
O rico quer continuar rico, a classe média quer ficar rica e o pobre quer virar classe media. Seria normal se fosse feito com honestidade. Essa mobilidade perversa, criminosa, alcança cada vez mais pessoas. Têm um preço, a prostituição.
As pessoas se vendem por um trocado qualquer. É quem perde é o Brasil. Cada vez que um brasileiro se corrompe, o Brasil perde sua soberania, sua identidade como uma nação livre.