Ah, o tempo!!
Tudo, absolutamente tudo que existe depende única e exclusivamente dele, soberano e absoluto, poderoso remédio - dizem- para curar feridas.
Nosso algoz e nosso ( re) conforto.
Questão de tempo nascer, crescer , amadurecer e adormecer em novo despertar.
Somos reféns do tempo, aliás do nosso próprio tempo, que atemporal nos arremete para o passado/ presente/ futuro como o girar de um carrossel de parque.
Ora estamos em festa entre cores e tons tão intensamente ensurdecedores , ora nos aquietamos nas mornas lembranças - areias do tempo, ora nos desesperamos nas gélidas águas das saudades.
Quem de nós ousa prever o tempo?Desvendar seus mistérios e suas ( arte)manhas/ manias e insolências?
Certo é que " a noite é longa e é tanta terra, poderemos estar mortos n' outra cena".
Mas urge que caminhemos ombro a ombro com o tempo, afinal nos falta tempo para tentarmos discutir essa , relação tempo/ espaço".
Viver é urgente de forma a esgotar sem esgarçar o tempo que nos chega, sobra do tempo que se esvaiu e varanda do que virá. Virá ?!
Faz sentindo pensar " que a vida é trem bala parceiro e a gente é só passageiro prestes a partir"