Fragmentos de nós mesmos.
" Antes de julgar a minha vida ou o meu caráter... calce os meus sapatos e percorra o caminho que eu percorri, viva as minhas tristezas, as minhas dúvidas e as minhas alegrias. Percorra os anos que eu percorri, tropece onde eu tropecei e levante-se assim como eu fiz. E então, só aí poderás julgar. Cada um tem a sua própria história. Não compare a sua vida com a dos outros. Você não sabe como foi o caminho que eles tiveram que trilhar na vida."
Assim Clarice Lispector resumiu de forma clássica e poética o que cada um de nós somos/ fomos.
Me lembrei desse texto quando ontem conversando com um casal de amigos, ouvimos " quase sem querer" um comentário de pessoas no mesmo ambiente que estávamos.
O tal comentário fez também com que eu me lembrasse que - como me define aliás essa frase- " cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é".
Fato! Afinal somos ( des) construções de nós mesmos à cada momento.
E quem de nós contexta a verdade na frase/ música " a dor da gente não sai no jornal"!!!
Então o que há de errado em ser "maluco beleza" ?!
Me permito ser " uma deusa, uma louca , uma feiticeira", afinal sou/ quem não é- uma "metamorfose ambulante".
Moral dos fatos: somos nada mais, nada menos que fragmentos de nós mesmos.