Fragmentos de nós mesmos.

" Antes de julgar a minha vida ou o meu caráter... calce os meus sapatos e percorra o caminho que eu percorri, viva as minhas tristezas, as minhas dúvidas e as minhas alegrias. Percorra os anos que eu percorri, tropece onde eu tropecei e levante-se assim como eu fiz. E então, só aí poderás julgar. Cada um tem a sua própria história. Não compare a sua vida com a dos outros. Você não sabe como foi o caminho que eles tiveram que trilhar na vida."

Assim Clarice Lispector resumiu de forma clássica e poética o que cada um de nós somos/ fomos.

Me lembrei desse texto quando ontem conversando com um casal de amigos, ouvimos " quase sem querer" um comentário de pessoas no mesmo ambiente que estávamos.

O tal comentário fez também com que eu me lembrasse que - como me define aliás essa frase- " cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é".

Fato! Afinal somos ( des) construções de nós mesmos à cada momento.

E quem de nós contexta a verdade na frase/ música " a dor da gente não sai no jornal"!!!

Então o que há de errado em ser "maluco beleza" ?!

Me permito ser " uma deusa, uma louca , uma feiticeira", afinal sou/ quem não é- uma "metamorfose ambulante".

Moral dos fatos: somos nada mais, nada menos que fragmentos de nós mesmos.

Márcia Barcelos
Enviado por Márcia Barcelos em 05/05/2021
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