PALAVRÕES SERVEM PARA ALIVIAR O SIFÃO
Bah, já tinha visto algumas vezes um texto que roda pelas redes sociais tentando justificar o injustificável. Texto que dá uma explicação fajuta sobre as pessoas que vomitam palavrões a torto e a direito, como se fosse algo saudável!
Tenho a história de um tal de Caxambu, que conheci quando fazia fisioterapia ele também. Já chagava dizendo tudo que era impropério, não importava quem tivesse ali. No mesmo horário ia uma mocinha, que teve paralisia cerebral, ele sorria emitia alguns sons guturais, mas não andava e usava fraldas. Um dia o pai dela reclamou dos palavrões e pediu mais respeito e ele saiu-se assim:
- "Não tem importância, ela não entende!"
O pai retrucou que não era pela filha, mas por todos que estavam ali!
O mal-educado, entre um palavrão e outro ficava cantando suas peripécias, que havia surrado alguém. Provavelmente tivera, pois era forte e grande. Embora já tivesse passado dos 60 anos, parece que ainda queria encontrar alguém para pelear.
Eu ficava só de canto, escolhendo a melhor forma de sair de perto se houvesse um enrosco, pois era mais fraco, convalescendo de uma fratura na perna, cheio de parafusos e a seis meses sem caminhar.
Durante o tratamento eu estava esperando para que meu filho viesse buscar-me após ter sido submetido a um raio X e ele chegou acompanhado, para também fazer um raio X. Quietinho sentou-se e entre nós ficou a acompanhante. Como ele nem olhou-me eu perguntei se ela era filha dele. Ele não respondeu, mas ela sim:
- "Sou a esposa!"
Talvez entre 35 e 40 anos de idade!
Me ferveu o sangue, não pela idade dela, mas pelo silêncio dele, que murcho estava, murcho ficou!
Então avancei o sinal e disse que ali ele não dizia palavrões, porque tinha medo da esposa e perguntei para ela se ele dizia palavrões a todo instante quando estava em casa, ele com a cara amarrada respondeu que não!
Completei explicando o porquê da minha indagação, mas confesso que fiquei com medo de ter que quebrara muleta na cabeça dele.
Fui salvo pelo gongo, meu filho chegou e ajudar-me a ir embora!
Não adiantou nada pois na próxima sessão de fisioterapia ele estava lá e dizendo mais palavrões ainda.
Uma coisa tive certeza, no recinto do lar a maioria dos que se dizem machões, são fieis súditos respeitadores.
Abaixo os "caxambus"!