C a b a r é
PENSO que já contei um causo dos meu tempo de adolescente quando,apesar da asma, era ponta-de-lança de um time juvenil de futebol (só aguentava jogar no máximo meia hora sem correr,mas tinha certa habilidade no drible). Se contei conto novamente. Pois bem, esse time, o"Bagaço", às vezes excursionava para cidades vizinhas, especialmente distritos.A viagem era de caminhão na carroceria dele, a estrada não era asfaltada e a poeira comia no centro. Devido à asma me deixavam ir na boléia.
Nua dessas excursões fomos jogar num distrito, meio longe de Arcoverde. Saímos às nove da manhã e fomos chegar na hora do almoço. Almoçamos no salão de uma escola.Descansamos e depois fomos jogar.Fizemos uma boa partida, mesmo perdendo por 4 x 3. Na minha meia hora fiz um gol. Imaginem minha alegria. Depois do jogo,o chefe político do distrito,um tipo coronel bonachão, ficou tão alegre com a vitória do seu time que organizou uma festa para a gente na sua casa.Tinha de tudo,inclusive um forró com várias mocinhas do lugar. Uma delas era meio espevitada e enxerida, uma graça. Ela deu em cima do nosso goleiro que er um cara crente, muito sério e preconceituoso. Quando a mocinha começou a se insinuar ele foi muito rude e grosso. Disse a ela: "Olhe, sua doninha, eu não dou confiança a moça que parece ser prostituta!". Acontece que o coronel ouviu a grossura do goleiro. Ouviu e riu.Então chamou sua esposa: "Naninha, vem cá, neguinha". A esposa, uma senhora muito simpática e risonha,se achegou e ele lhe perguntou na vita do goleiro: "Naninha dadonde eu te tirei pra ser minha esposa?". Ela respondeu da forma mais natural: "Oxente, neguinho, todo mundo sabe que foi do cabaré de Arcoverde". O coronel então disse ao nosso goleiro: "Tá vendo? E hoje não tem mulher mais fiel. Cuidado pra não fazero contrário preferir uma santinha e ela virar puta". Osujeito ficou amuado e forró continuou a rolar. Só voltamos depois da meia-noite e imaginemagozação com o goleiro. Inté.