Filho vou ali caminhar e já volto, beijo. E se eu não voltar mais?

Temos o costume de dizer: “Vou ali e já volto” ou “até amanhã”. Nunca pensamos nisso, e se não voltarmos pra casa? E se o amanhã não chegar? E se não dá tempo de nos despedirmos?

Estamos sempre correndo, levantamos cedo, dormimos tarde, almoçamos rapidamente, a família se encontra de noite, nos exercitamos, conversamos com amigos e ficamos sozinhos com nossos pensamentos, às vezes chegamos em casa cansados e não conversamos com ninguém.

Visitamos pai, mãe, avós, irmãos, amigos e sempre nos despedimos dizendo: “até amanhã” ou “até logo”, mas, e se não voltarmos mais, como é que fica?

Vamos deixar nossos livros abertos, nossos cadernos em cima da mesa, nossa cama arrumada, comida na geladeira, roupa no varal, lixo na lixeira, chimarrão pronto, coisas para fazer, whatsApp pra responder, dinheiro no banco, carnês para pagar, seguro para alguém receber, deixamos as pessoas que amamos, aqueles que dependem de nós, deixaremos tudo para trás.

Seria triste para alguém se não voltássemos mais, nossa família ficará triste, desolada e nós, será que ficaremos tristes também?

Por isso temos que nos despedir diariamente dizendo: eu te amo; gosto muito de você; darmos um abraço bem apertado. Devemos pegar nosso celular e ligar pra aquelas pessoas que amamos, falarmos diariamente, ouvir suas vozes, se brigou com alguém peça perdão, depois que pedimos perdão o nosso coração fica aliviado.

As pessoas vivem correndo, uns juntando dinheiro para o futuro, guardando bens para os filhos, fazendo uma poupança caso você venha a adoecer e se o futuro não chegar? E se ficarmos no meio do caminho? E se não voltarmos?

Devemos viver como se não houvesse amanhã, até porque o amanhã pode não vir nunca, viva o agora, seja feliz hoje, aproveite seus momentos com sua família e com quem você ama. Sorria, ria muito, desmanche a cara fechada, esqueça as preocupações que não dependem de você resolver, cuide e abrace quem você ama, porque o amanhã pode não chegar.