A arte de viver
Arriscar dizer o que a vida nos proporciona amanhã é pecado mortal. Nós nem imaginamos o que vem reservado para nossa vida. Surpresa é o sobrenome que nos é dado cada manhã que acordamos. Não existe sonífero que apague nossas desilusões. Que posso tirar o senso de leveza, de esperança e de dizer que nada é tão breve como o tempo que nos resta.
Assistir o Oscar e ver a demonstração de identidade dessa cerimônia. Com filmes que nos levam a reflexão: 'Destacamento Blood', 'Os 7 de Chicago', 'Cripicap' , 'Judas e o Messias Negro', 'Minari', 'Nomadland' e 'Tigre Branco' mostra que o mundo está em lenta, mas sedenta revolução de costumes. E também mostra as dores e sofrimentos escondidos entre tantos fatores desconhecidos, como na natureza: 'Professor Polvo'.
A madrugada nos revela quem somos realmente, uma fagulha de um universo em constante expansão. Fiz amizade com um senhor uruguaio. Ele é nômade e viaja a América do Sul na sua bicicleta. Apenas vendendo seus colares, pulseiras, brincos. Material que ele mesmo fabrica. Ele ficou praticamente preso em Fortaleza. O momento que vivemos o impediu de voltar para seu hábitat natural a estrada.
Quantos de nós se arriscamos em sair da nossa zona de conforto e vamos além da nossa capacidade de inspirar o mundo? As histórias de verdade são contadas quase que num silêncio ensurdecedor. A arte tem esse papel na humanidade da voz aos que se calam todos os dias, por medo de ser julgado pela sociedade.