UM SONHO
Não sabia como fazer porque nunca havia me deparado com algo assim.Mas aquela presença não me provocava medo, ao contrário, me fazia bem.Parecia com alguém de quem eu gostava e aceitei que ficasse ao meu lado silencioso,enigmatico, mas nem um pouco assustador.
Leitora assidua e cinemaniaca de carteirinha, com certeza poderia até ser um personagem que eu admirava e comecei a pensar mas não conseguia lembrar de quem se tratava.
Não parecia Heathcliff de Emily Bronte , nem Rhodia, de Dostoievski, nem Dean Moriarty de Jack Kerouak, nem Robert Jordan ,de Hemingwei, nem Floriano Cambará ,de Erico Veríssimo.
Eu queria lembrar, queria reconhecer, identificar, mas estava tão bom, assim, sem definir com quem parecia ,porque eu me sentia bem por ele estar ali,parecia tão protetor.
Foi quando reconheci meu pai.
Mas quando ia me voltar para dizer-lhe que sabia quem era, eu acordei.