Poesia, never!
Definitivamente, não sou poeta; nunca escrevi uma poesia sequer, posso até ter feito alguma brincadeira, algum versinho canhestro, mas poesia jamais, no entanto, quem conhece (ou desconhece) o que escrevo teima em me associar a poetas. Não gosto não por ter algo contra poetas, são maravilhosos (os bons poetas) inclusive no Brasil temos alguns expoentes dessa nobre arte (que, assim como a outra que recebe essa designação – o boxe -, também por vezes nos nocauteia) e, se não vou citá-los nominalmente, é para não esquecer ninguém, mas temos sim. São conhecidíssimos!
O que sou é um escritor preguiçoso e que por isso, pelo pouco empenho no escrever, prefiro montar crônicas minimalistas e pequenos contos, mas não é só isso, só a preguiça, é que realmente sou minimalista – sintetizar é comigo mesmo!
No que escrevo há, ou ao menos espero que sim, um certo teor poético implícito, é necessário que aja! Há poesia no viver, há poesia em tudo que existe, em tudo que nos cerca, mas “escrever poesia é outra coisa, algo que eu particularmente não faria e não faço”.
Ainda sobre coisas que parecem verdades absolutas e absolutamente não tão verdadeiras assim, li hoje a notícia do falecimento do Levy Fidelix. Sinto muito, até porque se trata de mais uma vítima dessa pandemia indecente – as tratativas – e isso é deprimente, mas voltando aos fatos, nunca fui eleitor (se é que ele tinha algum) do Sr. Fidelix, apenas me recordei que há tempos, em um bucólico passeio a Poços de Caldas ele conheceu o monotrilho (elefante branco que jamais funcionou, exceto em testes) e trouxe a ideia do “aerotrem” como plataforma eleitoral pra São Paulo. Desdenhado à época, depois o Pitta gostou do projeto, deu uma modificada básica e transformou no fura-fila (que também foi por um tempo jogado embaixo do tapete), mas está aí (não sei se bem ou mal; não sou usuário), funcionando. Deste projeto – aerotrem – derivou também o monotrilho. Deu frutos a ideia mineirinha do Sr Levy!
Outra situação, totalmente desligada das anteriores, é o caso dos “raios da Vila Belmiro”. Essa referência ao surgimento de raios no time do santos ficou tão banalizada que já encheu o.......as medidas. Ouvi recentemente que essa história surgiu nos bastidores da Vila após o estouro do Neymar. Não foi!
Lembro perfeitamente bem de um intervalo de jogo há muitos anos na TV Globo quando o Robinho, que vinha desmantelando os rivais com dribles surpreendentes, deu mais um show e o Casagrande conversando com o Cleber Machado (principal narrador da TV brasileira há décadas e desprestigiado em nome de outros mais “glamorosos” aos olhos da Rede), disse, numa referência ao Pelé, “o ditado popular diz que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, mas o Robinho está provando que cai sim”. Alguém lá na baixada ouviu, o termo raio foi disseminado, ganhou novos contornos com o surgimento da dupla Neymar (que decolou) / Ganso (que não decolou, embora, no Santos, tenha brilhado). Estenderam ao Rodrigo (um raiozinho, digamos assim) e agora banalizou de vez! Nem o mais fanático torcedor (e sou um histórico Santista) aguenta mais. Haja raio!
Bom, é isso. Verdades que nunca verdadeiramente se sustentam.